Cientistas israelitas afirmam terem encontrado na igreja de São João Baptista, em Ein Kerem, provas de que ali viveram Zacarias e Elisheva (Isabel), pais do profeta, o que poderá confirmar ter sido ali que este nasceu. Ein Kerem é uma aldeia rural, nos arredores de Jerusalém, há anos anexada ao Município israelita de Jerusalém. Segundo os cientistas que estudaram a igreja, o que um padre e arqueólogo franciscano identificou como um poço nas caves do templo, na década de 1940, é afinal um banho ritual judaico. Zacarias, o pai de S. João Baptista, era, segundo o relato bíblico, um Cohen (sacerdote descendente de Aarão, irmão de Moisés). Como tal, tinha por obrigação realizar três abluções diárias, mergulhando o corpo no “mikvá”, ou banho ritual, o que explica a necessidade de construir um “mikvá” na sua casa. As investigações vêm comprovar também a existência de um povoamento judaico em Ein Kerem, na época do Segundo Templo, onde o pai de S. João Baptista servia como sacerdote. Moshé Amirav, que nasceu em Ein Kerem e é professor de geografia política na Universidade de Haifa, está a escrever um livro sobre a história da aldeia. Quando visitou a igreja, na companhia da investigadora Tamar Hayardeni, com a intenção de recolher material para o seu livro, pediu aos frades franciscanos que os autorizassem a ver o poço, ao qual segundo a descrição do arqueólogo franciscano se tinha acesso por um lance de sete degraus, mas estava coberto com entulho. Logo que o viram, ficaram com a impressão de que se tratava de um “mikvá”, opinião que foi confirmada por um especialista em “mikvás” da época do Segundo Templo, Roni Reich.