Peregrinação à Senhora da Saúde na Póvoa de Varzim Ao contrário dos últimos anos – que registaram dias de sol e temperaturas altas –, a peregrinação do Arciprestado de Vila do Conde e Póvoa de Varzim ao Santuário de Nossa Senhora da Saúde foi ontem fustigada por um dia de chuva, vento com rajadas e frio. Estas condições meteorológicas não impediram que milhares de pessoas passassem com distinção num duro teste à “saúde” da sua fé. Os peregrinos foram em menor número que em anos anteriores, já que no ano passado foi estimada a participação de cerca de 30 mil devotos. Mas, ainda assim, cerca de 10 mil pessoas integraram a 61.ª peregrinação arciprestal, das quais, aproximadamente sete mil participaram na missa campal celebrada no recinto do santuário. Debaixo de uma chuva tocada a vento, acompanhados pelo Bispo auxiliar de Braga, D. Antonino Dias, os milhares de peregrinos seguiram o andor de Nossa Senhora da Saúde percorrendo, a pé, os sete quilómetros que separam a igreja Matriz da Póvoa de Varzim do santuário em Laúndos. Com o terço numa mão e o guarda-chuva na outra, os peregrinos cumpriram promessas e deram graças pelas suas intenções particulares. O tema da peregrinação foi “Família Solidária – escuta, peregrina, partilha”, sendo que o mesmo constava de uma faixa colocada na parte superior do altar de onde foi celebrada a missa campal. A inscrição integrava, igualmente, o tapete de flores que, todos os anos, é feito na capela-mor do santuário e que atrai a atenção de milhares de devotos. Destaque ainda para a renovação do coro que animou a celebração eucarística, integrando mais vozes e instrumentistas. Apelo às famílias para criarem espaços de oração O Bispo auxiliar de Braga, D. Antonino Dias, exortou ontem os milhares de fiéis presentes na peregrinação anual à Senhora da Saúde, em Laúndos, para «a necessidade urgente de saberem criar espaços para a oração comum» nas suas famílias. O prelado, que baseou toda a sua homilia na relação e acção permanente do Espírito Santo – ontem foi Dia do Pentecostes – no homem e no mundo, apelou ainda às famílias cristãs que «saibam peregrinar» e que, em resultado dessa atitude, «deve permanecer em constante avaliação e crescimento», que potenciarão a chegada a «novos portos». D. Antonino Dias pediu a ajuda da Virgem «nesta tarefa de fazermos das nossas famílias esse verdadeiro “património da humanidade” que há que valorizar, defender e promover para bem da harmonia e desenvolvimento pessoal e social».