China: Vaticano saúda tomada de posse de bispo nomeado pelo Papa

Auxiliar de Fuzhou foi reconhecido para efeitos do ordenamento civil, segundo acordo entre Pequim e a Santa Sé

Foto: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

Cidade do Vaticano, 11 mai 2025 (Ecclesia) – O Vaticano anunciou hoje a tomada de posse de D. José Lin Yuntuan, nomeado pelo Papa como auxiliar de Fuzhou, acrescentando que foi ainda reconhecido para efeitos do ordenamento civil, segundo acordo entre Pequim e a Santa Sé.

“Hoje, quarta-feira, 11 de junho de 2025, teve lugar o reconhecimento civil e a tomada de posse do cargo de D. José Lin Yuntuan, que o Santo Padre, no âmbito do diálogo relativo à aplicação do acordo provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China, nomeou, em 5 de junho de 2025, bispo auxiliar de Fuzhou (Província de Fujian, China)”, indica uma nota publicada pela sala de imprensa da Santa Sé.

Matteo Bruni, porta-voz do Vaticano, manifestou a “satisfação” da Santa Sé perante esta notícia.

“Este acontecimento constitui mais um fruto do diálogo entre a Santa Sé e as autoridades chinesas e é um passo importante no caminho comunitário da diocese”, refere a nota enviada aos jornalistas.

Em setembro de 2018, Pequim e a Santa Sé assinaram um acordo sobre a nomeação dos bispos católicos, renovado até hoje.

O documento inédito visou regularizar o estatuto da Igreja Católica neste país; Pequim exige que sacerdotes e bispos se registem oficialmente junto das autoridades civis.

As relações diplomáticas entre a China e a Santa Sé terminaram em 1951, após a expulsão de todos os missionários estrangeiros, muitos dos quais se refugiaram em Hong Kong, Macau e Taiwan.

Em 1952, o Papa Pio XII recusou a criação de uma Igreja chinesa, separada da Santa Sé [Associação Patriótica Chinesa, APC] e, em seguida, reconheceu formalmente a independência de Taiwan, onde o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) se estabeleceu depois da expulsão da China.

OC

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