China: Vaticano denuncia perseguição contra clero católico

Cidade do Vaticano, 12 dez 2012 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano denunciou a perseguição do regime chinês a membros da Igreja Católica que se recusam a reconhecer a autoridade de Pequim em matérias religiosas.

“O controlo sobre pessoas e sobre instituições aumentou e recorre-se cada vez mais facilmente a sessões de doutrinamento e a pressões”, denunciou.

O padre Federico Lombardi respondia aos jornalistas, após ter sido questionado sobre o caso do bispo auxiliar de Shangai, D.Thaddeus Ma Daqin, em prisão domiciliária e ao qual teria sido revogada a nomeação pelas autoridades chinesas.

“A Santa Sé não dispõe neste momento de informações diferentes das que foram divulgadas pelos meios de comunicação”, referiu o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Segundo o porta-voz, “alguns bispos e sacerdotes estão segredados ou privados da própria liberdade”, como acontece com D. Ma Daqin, que manifestou às autoridades a sua vontade de dedicar-se ao ministério pastoral a tempo inteiro, deixando de lado cargos de nomeação governamental.

O regime de Pequim criou em 1957 a Associação Patriótica Católica (APC) para evitar interferências estrangeiras, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.

O Vaticano considera ‘ilegítimos’ os bispos que receberam jurisdição da APC, sem autorização do Papa.

RV/OC

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