China: morreu o presidente da Associação Patriótica Católica

Faleceu no passado sábado o presidente da Associação Patriótica Católica (APC), Fu Tieshan, de 75 anos. A morte do principal Bispo da China pode levar a liderança da APC, controlada por Pequim, a sofrer mudanças e favorecer aproximação ao Vaticano A morte de Fu Tieshan ocorre num momento em que o Papa Bento XVI prepara uma carta aos católicos da China. As relações diplomáticas entre ambas as partes foram rompidas em 1951. Para uma reaproximação, Pequim exige que a Santa Sé deixe de reconhecer Taiwan e “não interfira nos assuntos internos” da Igreja na China. Embora o Partido Comunista Chinês se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais (Associações Patrióticas), entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica “clandestina”, ligada ao Papa e fora do controlo de Pequim, conta mais de 8 milhões de fiéis. A APC foi criada em 1957, para evitar “interferências estrangeiras”, em especial do Vaticano, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado. É improvável que nas exéquias do Arcebispo de Pequim esteja presente algum representante do Vaticano. Fu Tieshan nasceu na província setentrional de Hebei, berço do Cristianismo na China e foi sagrado bispo em 1979, sem aprovação do Vaticano, tendo-se mostrado, nos últimos anos, alinhado com as posições do Partido Comunista Chinês. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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