China: Fundação Ajuda a Igreja que Sofre denuncia repressão sobre católicos

Último caso ocorreu na Província de Hebei, com a detenção de um bispo e de um sacerdote «fiéis a Roma»

Lisboa, 28 mai 2015 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Zhengding e um padre da localidade de Baoding estão desde o início do mês sob custódia das autoridades chinesas, sendo que o sacerdote encontra-se “em parte incerta”.

Num comunicado divulgado através da internet, a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) relaciona estes casos com a repressão que o governo de Pequim está a exercer sobre as comunidades cristãs “fiéis a Roma”.

Um braço de ferro que tem sido marcado pela detenção de diversos membros e responsáveis católicos, pela destruição de várias igrejas e mais recentemente pela “proibição da existência de cruzes nos templos”.

O bispo de Zhengding, D. Jia Zhing, foi detido pela polícia chinesa a 12 de maio na Província de Hebei, cerca de 150 quilómetros a sudoeste de Pequim, e só foi libertado no último domingo, “para presidir à celebração eucarística do Dia de Pentecostes”.

Já o sacerdote, Liu Hongeng, preso desde 7 de maio, permanece “em parte incerta” e com o “telemóvel desligado”.

O Governo de Pequim colocou em marcha uma campanha massiva para condicionar “a forma como os símbolos cristãos podem ser colocados, ou não, nos edifícios”.

“Em consequência desta decisão das autoridades comunistas”, conta a AIS, “ocorreu já a remoção de dezenas de símbolos das igrejas e a detenção de muitos dos que se manifestaram contra esta medida“.

Desde 1951 que a Santa Sé e a China não mantêm qualquer tipo de relação diplomática, sendo que seis anos depois o governo comunista avançou para a criação da Associação Patriótica Católica.

Um Igreja à parte, patrocinada por Pequim com vista a evitar “interferências estrangeiras”, em especial do Vaticano, e para assegurar que os católicos vivem em conformidade com as políticas do Estado.

Quanto às comunidades chinesas em comunhão com o Papa, atualmente cerca de 8 a 12 milhões de pessoas, têm sido obrigadas a viver a sua fé na clandestinidade.

AIS/JCP

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Agência ECCLESIA

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