China: Foi ordenado o sexto bispo nomeado pelo Papa Francisco

D. Francesco Cui Qingqi, franciscano, foi nomeado bispo de Hankou/ Wuhan a 23 de junho

Foto: Vatican Media (arquivo)

Cidade do Vaticano, 08 set 2021 (Ecclesia) – O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé,  Matteo Bruni, confirmou que hoje foi ordenado bispo o padre Francesco Cui Qingqi, Franciscano (OFM), em Wuhan, província chinesa de Hubei, nomeado pelo Papa Francisco a 23 de junho.

“É o sexto bispo chinês nomeado e ordenado segundo as normas do Acordo Provisório sobre a Nomeação de Bispos na China”, assinalou Matteo Bruni aos jornalistas, em declarações enviadas à Agência ECCLESIA.

“Posso confirmar”, disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé,  que “hoje, quarta-feira, 8 de setembro de 2021”, em Wuhan, província chinesa de Hubei, no centro do país, aconteceu a “ordenação episcopal” do padre Francesco Cui Qingqi, OFM, nomeado pelo Santo Padre “bispo de Hankou/ Wuhan a 23 de junho de 2021”.

O acordo sobre a nomeação de bispos católicos no país asiático foi assinado entre a República Popular da China e a Santa Sé em outubro de 2018 e renovado por mais dois anos em 2020, com a Igreja Católica a assumir a intenção de prosseguir o “diálogo aberto e construtivo”.

O acordo não diz respeito diretamente às relações diplomáticas entre a Santa Sé e a China, nem ao estatuto legal da Igreja Católica chinesa ou às relações entre o clero e as autoridades do país, mas exclusivamente ao processo de nomeação de bispos, com o objetivo pastoral de permitir que os fiéis católicos tenham bispos que estejam em plena comunhão com o Sucessor de Pedro e, ao mesmo tempo, sejam reconhecidos pelas autoridades da República Popular da China.

As relações diplomáticas entre a China e a Santa Sé terminaram em 1951, após a expulsão de todos os missionários estrangeiros, muitos dos quais se refugiaram em Hong Kong, Macau e Taiwan.

Em 1952, o Papa Pio XII recusou a criação de uma Igreja chinesa, separada da Santa Sé [Associação Patriótica Chinesa – APC] e, em seguida, reconheceu formalmente a independência de Taiwan, onde o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) se estabeleceu depois da expulsão da China.

A APC seria criada em 1957 para evitar “interferências estrangeiras”, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado, deixando assim na clandestinidade os fiéis que reconhecem a autoridade direta do Papa.

CB

 

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Agência ECCLESIA

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