A China criticou a Rússia, nesta sábado, pela decisão do país de conceder um visto ao Dalai Lama, o primeiro numa década. A Rússia tem um milhão de budistas. Na sexta-feira, o Kremlin disse que daria um visto ao Dalai Lama, mas garantiu ao governo chinês que não apoia as exigências de autonomia tibetana do líder espiritual. O Dalai Lama vive em exílio no norte da Índia desde que fugiu do Tibete em 1959, após o fracasso da revolta contra a ocupação deste território da Ásia ocupado pela China em 1950. O líder da região russa budista de Kalmykia, Kirsan Ilyumzhinov, tem convidado o Dalai Lama desde 1996 e ameaçou processar o governo russo, afirmando que a recusa em admitir o líder espiritual seria uma violação dos direitos religiosos do povo russo. A China reiterou em Vientiane (Laos) que condena as visitas ao estrangeiro do Dalai Lama, em véspera da “possível” decisão de Moscovo de conceder um visto ao chefe espiritual dos tibetanos.