Lisboa, 14 abr 2015 (Ecclesia) – A Comissão Justiça e Paz da Diocese de Hong Kong apresentou um relatório onde manifesta “preocupação” com a situação da Igreja Católica na China continental, onde altera para violações da liberdade religiosa e detenções arbitrárias de religiosos.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alerta que o relatório da Diocese de Hong Kong denuncia falta de liberdade religiosa e detenções arbitrárias de “bispos, sacerdotes e leigos” bem como “tortura de padres desobedientes”, ou seja, sacerdotes fiéis a Roma da “chamada Igreja Clandestina”.
Neste contexto são apresentados casos concretos como os dos sacerdotes Mas Wuyong e Liu Honggeng, da Diocese de Baoding (Hebei), “detidos sem julgamento” e o padre Liu Honggeng “está preso desde dezembro de 2006”.
O documento denuncia que não se sabe onde se encontra o bispo D. James Zu Zhemin detido desde 1997 e atualmente com 83 anos ou apresenta também o exemplo do padre Lu Genjun que foi libertado em agosto de 2014 depois de oito anos em prisão, desde fevereiro de 2006.
A Comissão Justiça e Paz de Kong Kong alerta também que os sacerdotes têm “sido forçados” a assinar documentos em que afirmam “apoiar o socialismo na China” ou que defendem uma gestão da igreja “independente, autossuficiente e autogovernada”, em oposição a Roma.
Segundo a AIS, outra situação denunciada é a do bispo da diocese de Yixian, na província de Hebei, D. Cosmas Shi Enxiang, cuja morte foi comunicada no início de 2015 sem revelarem onde se encontra o corpo e motivou uma manifestação pública em Hong Kong.
“O governo tem de nos dar uma resposta”, disse o cardeal Joseph Zen Ze-kiun, na manifestação realizada em fevereiro, onde pretendiam ter a confirmação oficial do falecimento do prelado.
O documento foi apresentado num encontro sobre a “Paz e Reconciliação no contexto da Ásia” realizado na Tailândia.
AIS/CB