Lisboa, 26 abr 2016 (Ecclesia) – O cardeal Joseph Zen, bispo emérito de Hong Kong, liderou uma manifestação de dezenas de pessoas que este domingo, para exigir que Pequim ponha fim à destruição de símbolos religiosos na China e liberte cristãos detidos no país.
O cardeal chinês, citado pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), afirmou que tinha o “dever moral de denunciar” esta situação, acusando as próprias autoridades locais de diminuição de liberdade no território, que goza de um estatuto de especial autonomia.
Os protestos ocorreram frente às instalações do Gabinete de Ligação Hong Kong-China, e mobilizaram diversas organizações cristãs da antiga colónia britânica, nomeadamente a Comissão Católica para a Justiça e Paz.
Exigindo maior “respeito pela liberdade religiosa”, os manifestantes depositaram no local flores em homenagem aos que, na China, morreram na defesa desse direito.
Desde o final de 2013, foram demolidas ou removidas mais de duas mil cruzes em igrejas ou templos cristãos na província de Zhejiang, situações que a Fundação AIS tem vindo a denunciar.
O caso mais recente, ocorrido no passado dia 14 de Abril, teve consequências trágicas, com o falecimento de uma cristã que procurava opor-se à demolição da igreja local.
OC