China: aproximação da Igreja de Estado ao Vaticano

Os 50 anos de divisão entre os fiéis católicos da China, separados entre os que prestam obediência a Pequim (Associação Patriótica Católica – APC) e os fiéis ao Vaticano (da chamada Igreja “clandestina”), podem estar a chegar ao fim. Segundo os últimos dados avançados pelo Cardeal Zen, Arcebispo de Hong Kong, há “menos de dez Bispos” em ruptura com Roma, num total de 110 prelados católicos no país, sejam da APC ou nomeados pelo Papa, A morte do presidente da APC e Bispo de Pequim, Fu Tieshan, conhecido pela sua oposição ao Papa, poderia levar à nomeação de um novo titular da sede episcopal de Pequim que estivesse em comunhão com Roma. Além deste Bispo, o único que nos últimos 50 anos não passara por um prisão ou campo de “reeducação”, morreu ainda o titular de Hanku, primeiro Bispo nomeado pelo regime comunista, em 1958. Estes falecimentos levantam questões sobre o caminho que será seguido por Pequim: aprofundar o fosso entre a Igreja Patriótica e a florescente comunidade católica clandestina ou, pelo contrário, colocar um ponto final nesta divisão. Dos três Bispos designados por Pequim, no último ano, um deles já pediu a aprovação de Roma, que ainda não foi concedida. O Vaticano anunciou para breve o envio de uma carta aos católicos chineses, onde se apresentam sinais de esperança, mas também uma firme condenação do intervencionismo da China na nomeação de Bispos. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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