Especialista da Santa Sé seguiu para Santiago para escutar novos depoimentos acerca do alegado envolvimento do bispo Juan de Barros
Cidade do Vaticano, 30 jan 2018 (Ecclesia) – O Papa enviou ao Chile o arcebispo Charles Scicluna para analisar a situação do bispo Juan Barros, que está a ser acusado de ter encoberto os casos de abusos sexuais envolvendo a Igreja Católica naquele país.
A informação é avançada hoje pela sala de imprensa da Santa Sé, que refere que o arcebispo maltês, atual presidente do Colégio de Recursos para a Sessão Ordinária da Congregação para a Doutrina da Fé, “em matéria de grave delito” e em especial os casos de abusos sexuais a menores, seguiu para Santiago do Chile “a pedido de Francisco para receber novos depoimentos relativos a esta matéria”.
Na sua recente viagem ao Chile e ao Perú, o Papa argentino reafirmou a sua confiança no bispo de Osorno (Chile), D. Juan de la Cruz Barros, nomeado em janeiro de 2015 para o cargo.
Este prelado tem sido contestado pelo clero local e por outros setores da sociedade chilena por ter, alegadamente, encoberto um caso de abuso sexual cometido por um sacerdote.
Em causa está uma alegada proteção de D. Juan de la Cruz Barros ao padre Fernando Karadima, quem em 2011 foi sancionado pelo Vaticano, por causa de casos de abusos sexuais.
Francisco pediu “perdão” e expressou a sua “vergonha” pelo mal e sofrimento causado às vítimas e às suas famílias, com as quais esteve em Santiago.
O Papa mostrou-se ainda empenhado em acolher qualquer “evidência” que possa trazer nova luz para este caso.
Foi neste sentido que enviou agora para o Chile o arcebispo Charles Scicluna.
JCP