Francisco recebeu bispos do país africano
Cidade do Vaticano, 02 out 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu hoje os bispos da Conferência Episcopal do Chade, em visita à Santa Sé, e destacou que o “serviço” dos prelados “aos pobres e mais carentes” é “um testemunho concreto de Cristo”.
“A ação evangelizadora não deve esgotar-se exclusivamente no compromisso em obras sociais. Aprofundar e fortalecer a fé no coração dos fiéis é essencial para que sejam capazes de resistir às provações e para que o seu comportamento seja sintonizado com o Evangelho, em caminho para a verdadeira santidade”, disse, num discurso entregue aos bispos.
Nesse sentido, Francisco destacou a importância da catequese e a formação de catequistas para “que os fiéis sejam formados doutrinal e espiritualmente”.
Orientação, ensinamentos e proteção foram três aspetos que o Papa pediu aos bispos do Chade em relação à família para que “o papel e a dignidade da mulher sejam valorizados”
“O comportamento dentro da Igreja deve ser um modelo para toda a sociedade”, desenvolveu.
Aos prelados foi ainda solicitado que visitem os seminários e se aproximem dos professores e dos seminaristas com o objetivo de conhecerem “as lacunas e as riquezas da formação para remediar as primeiras e reforçar as últimas”.
Francisco pretende que os bispos suscitem uma fraternidade sacerdotal mais “sincera e entusiasta”.
Num país maioritariamente muçulmano, a conferência episcopal deve promover o diálogo inter-religioso para que haja uma “convivência harmoniosa” entre as comunidades.
“Iniciativas como esta desencorajam a violência contra os cristãos, que infelizmente se verifica nos países vizinhos”, frisou o Papa Francisco.
A República do Chade faz fronteira com países onde existem conflitos e perseguições aos cristãos e outras minorias religiosas como a Líbia a norte, o Sudão a leste e a República Centro-Africana a sul.
A Rádio Vaticano contextualiza que o Chade, no centro-norte do continente africano, é religiosamente diversificado com 54% da população muçulmana, 20% católicos romanos, 14% protestantes, 10% animistas e 3% ateus.
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