Secretário e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa recorda as orientações para o culto definidas «livre e responsavelmente pelos bispos» de Portugal
Lisboa, 21 mai 2020 (Ecclesia) – O secretário e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) pede que se tenham “todos os cuidados de higiene, segurança e saúde ao retomar as celebrações comunitárias”, sem “medo de participar” seguindo as orientações definidas pelo episcopado.
“Quando retormamos as celebrações comunitárias ou públicas da Eucaristia possamos ter todos os cuidados de higiene, saúde e segurança para que não aconteça nada contra a própria saúde das pessoas”, afirmou o padre Manuel Barbosa em declarações à Agência Ecclesia.
Para o secretário da CEP, as pessoas devem “não ter medo de participar”, cumprindo com os devidos critérios estabelecidos e celebrando “de maneira digna e viva a fé”.
Com a retoma gradual e progressiva das celebrações comunitárias, a partir de 30 de maio, a CEP “lançou as últimas orientações para todas as dioceses”, sendo que “cada bispo terá em conta a sua especificidade”, de acordo com as autoridades de saúde e governamentais.
“A Direção Geral de Saúde dá orientações para todas as confissões religiosas, em diálogo com a CEP, mas as nossas medidas são tomadas livre e responsavelmente pelos bispos, naturalmente com respeito e cooperação para todos cuidarmos do bem comum, da saúde e vida das pessoas e assim podermos celebrar de maneira digna a nossa fé”, destaca o porta-voz da CEP.
O sacerdote dehoniano aponta ainda para que se respeitem as normais gerais, “com bom senso, observando as distâncias, os dois metros à entrada e durante as celebrações e atividades pastorais” e que haja os “cuidados pela segurança das pessoas”, respeitando “novos hábitos e novas condições”.
Na entrevista emitida hoje no programa Ecclesia, na RTP2, o secretário da CEP referiu-se também à constituição, em todas as dioceses, de comissões de proteção de menores, até ao início do mês de junho, afirmando que esse processo está “em curso”.
“Quase todas as dioceses anunciaram a criação da comissão. As que não apresentaram estão, naturalmente, a trabalhar e, face ao contexto atual, é possível que haja algum atraso no processo”, aponta.
O padre Manuel Barbosa lembrou também que a CEP tem as diretrizes aprovadas desde 2012, que vão passar a “normas jurídicas”, após o trabalho de uma comissão que está a transformar as diretrizes em “determinações jurídicas” para a Igreja Católica em Portugal.
A partir do dia 15 de junho realiza-se a Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que tem como ponto principal a eleição dos órgãos da CEP, um “processo normal a cada três anos”, assim como as nomeações das várias comissões episcopais; nesta reunião, adiada de abril para o mês de junto, está previsto também “um ponto de reflexão sobre a pandemia”.
“Será uma assembleia mais breve para quem tem poder de voto, bispos diocesanos e auxiliares, com a presença física, em Fátima, sob todas as normas de segurança e higiene das autoridades de saúde”, referiu o padre Manuel Barbosa.
PR/SN