CEP: Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais são setores «essenciais» para a Igreja, afirma D. Nuno Brás

«A arte não é apenas a expressão, mas provoca formas de viver e de aprofundar a fé», afirma o novo presidente da Comissão Episcopal

Foto: Agência ECCLESIA/PR

Fátima, 20 abr 2023 (Ecclesia) – D. Nuno Brás foi eleito na Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, setores que considera “tão essenciais” para a vida da Igreja.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o bispo do Funchal assume como “um desafio muito grande” coordenar os três setores da pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa por quem “vive numa ilha”, numa “ultraperiferia”.

A respeito da comunicação, D. Nuno Brás lembrou a transformação em curso nesse ambiente e a “ebulição muito grande” em que está envolvida.

“Aquilo que eram as formas clássicas de transparência de comunicação de massas já são parte do passado. Há uma hipercomunicação um sobreaquecimento do mundo da comunicação e isso é um desafio”, afirmou.

Para novo presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, a cultura refere-se ao “mundo dos valores, do modo de ser e de viver”, que se reflete depois no “modo de viver de toda a sociedade”.

D. Nuno Brás valorizou também “toda a memória histórica daquilo que é a Igreja em Portugal, é a vida cristã em Portugal, e que precisa sempre de ser muito cuidada e cada vez mais cuidada”.

Para o novo presidente da Comissão Episcopal da Cultura Bens Culturais e Comunicações Sociais a salvaguarda do património e dos bens culturais da Igreja garantem a ligação “às raízes” da identidade e da história de Portugal.

“Vivemos numa sociedade que tem raízes cristãs muito profundas”, afirmou.

O bispo do Funchal desafiou também os produtores de cultura e de arte a apostarem na temática da religião e cristã, nomeadamente, afirmando que “a arte não é apenas a expressão, mas provoca formas de viver e de aprofundar a fé”.

“Nós temos a expressão artística daquilo que somos. O que significa que já não somos aquilo que éramos, temos de ter uma nova forma de expressar, mas também significa que muitas vezes a pobreza daquilo que mostramos na arte contemporânea, e de uma forma muito particular na arte religiosa e até mesmo na arte sacra, a pobreza que manifestamos aí também nos deve preocupar porque é a pobreza daquilo que somos e daquilo que vivemos”, afirmou.

“Precisamos de, através da arte, ensinar e provocar expressões de maior qualidade, também ao nível da fé”, acrescentou.

O novo presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, assim como todos os que coordenam as sete comissões que integram o funcionamento da CEP, vai escolher os bispos que fazem parte da comissão, assim como o secretário e os diretores dos secretariados nacionais da cultura, bens culturais e comunicações sociais, e iniciará funções após em junho, por ocasião das Jornadas Pastorais do Episcopado.

PR

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Agência ECCLESIA

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