Centro Social e Paroquial de São Vicente de Paulo celebrou 50 anos de caridade

Resposta social integrada ajuda crianças, jovens e idosos A paróquia de São Vicente de Paulo, em Lisboa, celebrou este fim-de-semana 50 anos de existência. Uma resposta que foi surgindo, a pouco e pouco, procurando primeiro responder às necessidades sociais da população e depois “cuidar as necessidades espirituais”, explica o Cónego Francisco Crespo, pároco de São Vicente de Paulo.

Cinco décadas depois, as muitas respostas sociais que no mesmo espaço convivem são oportunamente actuais. 120 idosos internados, 65 crianças na creche, 140 no jardim de infância, 130 na Actividades de Tempos Livres, 120 jovens, 30 deficientes no Centro de Actividades Ocupacionais, 70 idosos no Centro de Dia e 80 no apoio domiciliário compõem a população auxiliados por 160 funcionários.

À Agência ECCLESIA o Cón. Francisco Crespo destaca que as solicitações são crescentes, “em especial para crianças e idosos”. O também responsável pelo Departamento Socio Caritativo do Patriarcado de Lisboa afirma que a Igreja tem de estar atenta para responder aos sinais dos tempos. “Como responsável desta igreja local, não fechei as portas a ninguém, tendo presente o lema de São Vicente de Paulo – «o amor é inventivo até ao infinito»”.

O que actualmente aparece com o projecto da Igreja Solidária (projecto solidário da diocese de Lisboa), é já a prática da paróquia a que preside. “Trabalhar em rede, alargar as respostas e serviços, suscitar voluntariado e promover as capacidades das comunidades”.

Isto mesmo foi Bagão Félix e D. Tomaz Nunes, bispo auxiliar de Lisboa, reflectir nas conferências que decorreram na paróquia na passada Sexta-feira. O dinamismo das comunidades locais e as respostas que as Instituições Particulares de Solidariedade Social contrariam a “lógica dos subsídios estatais”.

“A Igreja está a movimentar-se solidariamente”, afirma o Cónego Francisco Crespo, recordando o Simpósio «Reinventar a Solidariedade (em tempo de crise) recentemente organizado pela Conferência Episcopal Portuguesa.

D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, na eucaristia que presidiu este Domingo, na mesma igreja que inaugurou quando todo o Centro Social ficou completo, lembrou as primeira comunidades cristãs. “Este é um trabalho bem realizado, que segue a linha das primeiras comunidades cristãs” e quem dele primeiro beneficia “são os próprios utentes”.

A exposição «Traços de um projecto solidário» que esteve patente no Centro quis fazer memória, juntamente com o livro «A caridade evangelizadora tem rosto», da história de construção de uma resposta social feita com e para os moradores do Bairro da Serafina e da Liberdade. Um trabalho actualmente presidido pelo Cón Francisco Crespo, auxiliado por uma equipa que funciona “e constrói apesar da degradação à volta”.

“Os que estão hoje a trabalhar no Centro, foram antes utentes. Hoje são técnicos, são educadores de infância, responsáveis por vários serviços”, aponta com orgulho o Cónego Francisco Crespo.

O Centro Social é expressão da caridade e, como referiu D. José Policarpo, “uma comunidade que vive bem a caridade, celebra melhor a eucaristia”.

“Embora muitos que frequentam o centro não participem na eucaristia, também eles são evangelizados porque participam activamente da dinâmica do Centro”. O responsável paroquial aponta que “igreja e Centro são respostas comuns”.

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Agência ECCLESIA

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