A Confederação Nacional dos Institutos de Solidariedade, reunida em Assembleia, manifestou preocupações com a situação dos ATL’s, decorrente do alargamento do horário nas escolas e das actividades extra curriculares. “Este espaço é reconhecido e é-lhe dada importância” explica o Pe Lino Maia, Presidente da CNIS. “Neste momento não sentimos que haja uma diminuição de frequência, registando inclusivamente um aumento em alguns locais”. Algumas Câmaras estão a desligar-se do fornecimento de actividades curriculares e por isso “o ATL continua a ser uma valência com um grande passado e com um grande futuro” sublinha. Outra preocupação prende-se com o novo modelo de cooperação que propõe um subsídio às famílias e não às instituições. Este facto abria precedente para os destinatários canalizarem a verba para outra via que não as instituições. O Pe Lino Maia adianta que “esta opção, pensamos que está a ser colocada de lado” não existindo ideias muito concretas. No entanto afirma que “aguardamos as propostas do governo” sublinhando de qualquer forma “não estarmos disponíveis para assinar qualquer documento proposto”. A opção, segundo o responsável pela CNIS é subsidiar as instituições, considerando a situação económica das famílias que as frequentam, pois caso contrário “está a beneficiar-se famílias que poderão suportar a utilização dessas valências”, considerando que atender ao quadro de cada família é a melhor opção. Na Assembleia foram aprovados o orçamento e o plano de actividades. Da programação destaca-se a consolidação do CEFIS – Centro de Estudos, Formação e Inovação Solidária que “a CNIS apoiará possibilitando formação dos dirigentes e técnicos ao serviço das instituições”, estando já a funcionar o centro de estudos que prevê a elaboração de reflexões e que “neste momento elaborou cadernos sobre o emprego e a educação”, contribuindo assim para a reflexão da sociedade nesta área. O Observatório Social também prevista “será um instrumento que estando a par do que se faz em Portugal e no estrangeiro” explica o Pe Lino Maia. E adianta que a partir de 2 de Janeiro de 2007 o CEFIS estará em plena actividade.