O Centro de Espiritualidade do Turcifal, inaugurado dia 8 de Dezembro, estará ao serviço da “pedagogia da Igreja na sua acção santificadora, para que cada cristão e a Igreja toda sejam cada vez mais o templo santo onde Deus habita na cidade dos homens” – disse D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, na homilia de inauguração do Centro Diocesano de Espiritualidade. A todos os que vierem a servir-se dele, D. José Policarpo pediu para que “procurem, antes de mais e acima de tudo, a intimidade com Deus, para partirem daqui mais dignos de serem a morada de Deus no meio dos homens”. Um espaço, localizado na Vigararia de Torres Vedras, que oferecerá o “silêncio e o recolhimento” ajudado “pela beleza natural que nos envolve”. O silêncio será construção de cada pessoa e de cada grupo, “na certeza de que só no silêncio abriremos o nosso coração ao mistério insondável de Deus” – sublinhou o Patriarca. Para além deste ponto referiu-se também ao espaço de reconciliação e conversão. “Uma pedagogia da conversão e da reconciliação estará sempre a marcar o ritmo do serviço oferecido por este Centro” – acentuou. Para isso ele será espaço de escuta da Palavra. Competirá à equipa pastoral que orientará o Centro “escolher diversas formas de escuta da Palavra, desde a pregação, à «Lectio Divina» e à leitura orientada do texto sagrado”. Todos estes elementos ajudarão este Centro a ser “um espaço de oração”. “Tenho a certeza de que a maior parte daqueles que o procurarem, virão para rezar” – salientou D. José Policarpo. A Liturgia terá de ser a “escola inspiradora de uma pedagogia da oração” e “aqui receberemos um dinamismo novo para a missão”. Este Centro significou um “grande esforço material da Igreja de Lisboa”. Nele “gastámos tudo o que tínhamos, mesmo mais do que tínhamos”. É como na parábola evangélica, que compara o Reino a um tesouro escondido num campo e que quem o descobre, vende tudo o que tem para poder comprar aquele campo. “Ele concretiza uma opção pastoral clara, radicada numa certeza: a renovação e o crescimento da Igreja de Lisboa têm de assentar num aprofundamento da oração e na construção de uma espiritualidade eclesial que seja o sal que a tudo dá sabor e a sabedoria que conduz os espíritos e os corações” – finaliza D. José Policarpo.