Celibato: Prefeito da Congregação para o Clero defende disciplina da Igreja

Cidade do Vaticano, 23 Mar (Ecclesia) – O prefeito da Congregação para o Clero, um organismo da Santa Sé, manifestou hoje a sua convicção de que o celibato é um “dom” para os sacerdotes católicos, que o devem “acolher e viver em plenitude”.

Num artigo assinado na edição em italiano do jornal do Vaticano, «L’Osservatore Romano», o cardeal Mauro Piacenza contestou quem fala do celibato como “resíduo pré-conciliar e mera lei eclesiástica”, considerando-as “objecções danosas”.

“Num mundo secularizado, é cada vez mais difícil compreender as razões do celibato”, admite o cardeal italiano, pedindo “coragem, como Igreja, para perguntar se é possível resignar-se perante esta situação”.

Para este responsável, aos católicos compete promover “uma obra de profunda e real nova evangelização, ao serviço do Evangelho”, face a uma “progressiva secularização das sociedades e das culturas”.

“Não devemos, por isso, deixar-nos condicionar ou intimidar por quem não compreender o celibato e gostaria de modificar a disciplina eclesiástica”, aponta o cardeal Mauro Piacenza.

Hoje, na Igreja latina (rito mais comum nas comunidades católicos em todo o mundo, incluindo Portugal), o celibato é obrigatório para os sacerdotes e facultativo para os diáconos permanentes, o que não impede que sejam admitidos sacerdotes casados de outras confissões cristãs que se convertam ao catolicismo.

OC

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