Celebração das Cinzas no Vaticano sem João Paulo II

A celebração litúrgica da Quarta-feira de Cinzas no Vaticano, início do tempo litúrgico da Quaresma, não contou este ano com a presença de João Paulo II, ainda internado na Clínica Gemelli. Na cerimónia de bênção e imposição das cinzas, presidida pelo Cardeal James Francis Stafford, penitenciário-mor da Penitenciaria Apostólica, em nome do Papa, milhares de prelados e fiéis rezaram pela rápida recuperação do chefe da Igreja. “Sentimos a sua presença espiritual entre nós e recordamo-lo com afecto, pedindo ao Senhor que lhe conceda a graça necessária para o seu carisma primacial de confirmar na unidade a fé dos irmãos”, disse na sua homilia o Cardeal Stafford. Aos presentes na Basílica de São Pedro foi proposta uma reflexão sobre a conversão, lembrando que “a nossa fé não é uma ideologia, mas a adesão a Cristo Senhor”. Como formas concretas de viver essa conversão foram apresentados “o jejum, a oração e a esmola”. Nesse sentido, o Cardeal Stafford lançou aos católicos de todo o mundo o desafio de dar “um exemplo de vida cristã austera, para que o nosso olhar esteja livre para servir só a Deus, procurando o bem dos nossos irmãos”. Na Clínica Gemelli, o Papa viveu a cerimónia das cinzas no final da missa quotidiana que concelebra com D. Stanislaw Dziwisz, seu secretário pessoal. O porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, explicou aos jornalistas que o Papa presidiu no seu quarto da Clínica Gemelli à concelebração da missa de Quarta-feira de Cinzas. João Paulo II convidou o seu médico pessoal, Renato Buzzonetti, e “os outros médicos que o atendem”. Apenas amanhã pelo meio-dia (11h00 GMT) voltará a ser publicado um boletim sobre o estado de saúde de João Paulo II, ficando-se a saber se regressará ao Vaticano.

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