Coimbra, 25 nov 2024 (Ecclesia) – Carlos Costa Gomes foi reeleito por unanimidade presidente da direção nacional e internacional do Centro de Estudos de Bioética (CEB), no último sábado, durante o encontro que decorreu em Coimbra.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a eleição “traduz um reconhecimento do trabalho realizado ao longo dos últimos anos em prol de uma Bioética de base personalista e humanista, centrada no valor da dignidade humana, valor este que sustenta em si todos os outros valores éticos fundamentais para proteger a vida de cada pessoa – seja na saúde, seja na vida em geral”.
Para Carlos Costa Gomes é “uma honra presidir à direção nacional e internacional do CEB”, um centro que tem polos de reflexão no Brasil, num mandato que assume com “grande responsabilidade e confiança”.
Entre as prioridades da direção nacional do CEB está o propósito de “encetar um conjunto de parcerias, tal como consta no programa de ação, com universidades/escolas e instituições (publicas ou privadas) no âmbito da formação bioética, mas também na organização conjunta de eventos científicos e de reflexão que possam ajudar os especialistas a definir limites éticos nas intervenção médicas sobre a vida humana, bem como promover junto das populações ações de formação e sensibilização para as questões morais que possam interferir com decisões difíceis e complexas sobre a vida humana”.
De acordo com o comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o encontro Encontro Internacional do CEB iniciou com uma conferência sobre o “Consentimento Informado aplicado à inteligência artificial (IA) em contexto de saúde: novos direitos, novos deveres”.
Para Carlos Costa Gomes, do ponto de vista da bioética, não é necessário refundar ou encontrar novos valores para aplicar o consentimento informado à IA em contexto de saúde.
“O que a IA exige no consentimento são novos direitos e novos deveres. O direito que a pessoa tem a toda a informação para compreender melhor uma intervenção clínica realizada pela IA e o dever do profissional de saúde em explicar não só toda a intervenção clínica por via da IA, mas também confirmar junto da pessoa toda a sua experiência sobre a tecnologia que vai usar”, afirmou.
O Centro de Estudos de Bioética (CEB) é a “mais antiga instituição portuguesa que se dedica ao estudo e à reflexão dos problemas bioéticos associados à saúde e à vida em geral e, em particular, às novas tecnologias aplicadas ao ser humano”.
O CEB vai completar trinta e seis anos de existência no dia 9 de dezembro e tem nas suas origens personalidades pioneiras da Bioética em Portugal, nomeadamente Luís Archer, Daniel Serrão, Jorge Biscaia e Walter Osswald, que foram os seus primeiros diretores.
PR