Astana, 08 jan 2014 (Ecclesia) – Uma organização não-governamental de apoio ao desenvolvimento, denominada ‘Fórum 18’ está a denunciar casos de censura e discriminação religiosa no Cazaquistão, envolvendo a comunidade cristã.
Em declarações à Agência Fides, do Vaticano, responsáveis da ONG contam que dois cristãos protestantes foram nos últimos dias multados “por posse de publicações cristãs” consideradas como “materiais extremistas”.
De acordo com as informações recolhidas pelo órgão informativo da Santa Sé, o ano de 2013 foi fértil em episódios deste género, envolvendo a apreensão de “bíblias e ícones” e acusações por “venda de material religioso sem a permissão do Estado”.
Um pastor cristão presbiteriano está preso há quase oito meses por andar a distribuir “folhetos sobre a fé cristã”.
Outro pastor, da Igreja Batista, foi detido por posse de “cinco livros, quatro em russo e um em cazaque, que eram reflexões sobre as relações entre Islão e Cristianismo”.
Os membros da “Fórum 18” explicam que “não existe nenhuma lista de livros proibidos, a atuação dos tribunais, “sem aviso prévio”, faz parte de um “sistema difícil de censura religiosa imposta pelo Estado”.
No Cazaquistão estão atualmente em vigor “três níveis de censura na literatura religiosa: artigos e textos proibidos pelos tribunais considerados extremistas; textos cuja publicação, importação e distribuição; a agência religiosa de Estado se recusa a aprovar, e textos ou objetos banidos sem nenhuma explicação”, adianta a Fides.
JCP