Os três católicos indonésios que tinham sido condenados à morte no país asiático foram executados esta madrugada. Segundo a agência AsiaNews, o fuzilamento de Fabianus Tibo, Marinus Riwu e Dominggus da Silva foi rodeado por fortes medidas de segurança e não foi permitida a sua cobertura jornalística. Os três cidadãos indonésios tinham sido condenados à morte como culpados pelos actos de violência cometidos no ano 2000, no auge do conflito entre muçulmanos e cristãos em Poso, província de Sulawesi central (ilhas Célebes). De acordo com várias instituições locais e internacionais, a justiça para Fabianus Tibo, de 60 anos, Dominggus da Silva, de 39, e Marinus Riwu, de 48, foi obscurecida por relatórios de intimidação de extremistas, acusados de atitudes ameaçadoras fora do tribunal e ameaças de morte aos advogados de defesa. Bento XVI chegou a escrever uma carta, dirigida ao presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, apelando a uma intervenção “do ponto de vista humanitário” neste caso particular, de modo a que um “acto de clemência” pudesse ser oferecido “a estes três cidadãos católicos da sua Nação”. Um apelo assinado por diversas organizações interconfessionais foi também entregue ao presidente indonésio, referindo que “o processo contra os três acusados foi injusto e omitiu verdades importantes”. A Igreja Católica, numa primeira reacção ao fuzilamento, considerou a notícia “muito triste e dolorosa”, como disse o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, citado pela agência de notícias italiana ANSA.