Bento XVI convidou hoje católicos e judeus a agirem junto em favor da “justiça e da paz no mundo”, assinalando assim a jornada de reflexão judeo-cristã que se vive em vários países neste dia 17 de Janeiro. Na audiência geral desta manhã, o Papa sublinhou que esta jornada se destina a promover “o reconhecimento e a estima mútuas”, procurando desenvolver a “amizade” entre os fiéis das duas religiões. Bento XVI lembrou que estas boas relações se têm desenvolvido nas últimas décadas, principalmente após a realização do Concílio Vaticano II e da histórica visita de João Paulo II à Sinagoga de Roma, em 1986. O Papa acrescentou que, para que a amizade entre judeus e cristãos “cresça e dê frutos”, tem de se fundar “na oração”. O tema esteve em destaque num colóquio promovido em Roma pela Comunidade de Santo Egídio. O Grão Rabino de Israel, Yona Metzger, convidou o convite endereçado ao Papa pelas autoridades israelitas para visitar o país. Este responsável sublinhou que as relações entre judeus e cristãos “nunca foram tão boas” como hoje. O Cardeal Walter Kasper, presidente da Comissão Pontifícia para as relações religiosas com o Judaísmo, assinalou nesta ocasião que o diálogo deve levar à superação do “anitsemitismo e do anticristianismo”. “Entre os desafios para o futuro, os filhos de Abrãao, juntos, podem ser uma bênção para todos, acolhendo a dramática questão da fome e da miséria das crianças em África”, assinalou.
