A Igreja prepara-se para celebrar, no próximo dia 29 de Junho – Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo (ou noutro dia indicado pelo bispo diocesano, em muitos casos no próximo fim-de-semana) – a Jornada da Caridade do Papa, na qual cada católico é convidado a colaborar para as obras de ajuda do Bispo de Roma em prol dos mais pobres. Assim, as dioceses destinam o resultado do ofertório da missa do dia indicado às obras de caridade de Bento XVI, para o chamado Óbolo de São Pedro. A origem histórica do Óbolo de São Pedro remonta a finais do século VIII, quando os anglo-saxões se converteram ao Cristianismo e, como sinal de união com o Bispo de Roma, decidiram enviar de maneira sistemática uma contribuição ao Papa. Assim nasceu o Denarius Sancti Petri (Esmola a São Pedro), que logo se difundiu pelos países europeus, costume que foi regularizado pelo Papa Pio IX na Encíclica Saepe Venerabilis (5 de Agosto de 1871). O site do Vaticano (www.vatican.va) tem uma secção especial, “Óbolo de São Pedro”, na sua página de acolhimento nos diferentes idiomas, que oferece a possibilidade de conceder o donativo por cartão de crédito, comunicando os próprios dados por fax. Esta contribuição foi criada, conforme explica a página, “como sinal de adesão à solicitude do Santo Padre relativamente às múltiplas carências da Igreja universal e às obras de caridade em favor dos mais necessitados”. A secção inclui uma explicação da história deste fundo ao longo dos séculos, a sua aplicação nos dias de hoje e uma galeria fotográfica com imagens do Papa João Paulo II em visita a países africanos em dificuldades económicas. Além da colecta efectuada nas dioceses e das ofertas de fiéis de todo o mundo, o Óbolo compreende as contribuições de congregações e instituições religiosas, assim como de fundações católicas. O dinheiro que se recolhe por ocasião do Óbolo de São Pedro não entra no orçamento da Santa Sé, pois destina-se directamente às obras de caridade. Entre as muitas obras apoiadas, no ano 2006, o Vaticano salienta as ajudas às vítimas de guerras e catástrofes naturais, refugiados e imigrantes; assim como a jovens que ficaram órfãos pelo genocídio, a guerra ou pela SIDA em África.