O Centro de Espiritualidade da Silva, em Barcelos, acolhe, até ao dia 20, um Curso Geral de Catequese, no qual participam 34 agentes de pastoral dos arciprestados de Braga, Barcelos, Vieira do Minho e Amares. Organizada pelo Departamento Arquidiocesano de Catequese (DAC), a iniciativa destina- se a todos os catequistas que tenham completado com aproveitamento o Curso de Iniciação à Catequese e queiram aprofundar os seus conhecimentos nas áreas psicológica, doutrinal, catequética e espiritual. O coordenador do DAC disse ao Diário do Minho que o grande desafio que a Catequese arquidiocesana tem de enfrentar é o deficit de formação. «Uma grande parte das pessoas não deixa de ser catequista auxiliar, porque se casa ou ingressa nas universidades e, assim, se vê na contingência de residir fora da sua paróquia», explicou o padre Luís Miguel Rodrigues, que acrescentou que os cursos gerais de catequese também podiam ser feitos nos arciprestados se estes fossem equipados com infra-estruturas razoáveis para o efeito. Por isso, a adesão a este tipo de iniciativas é baixa também por uma questão financeira. «Apesar de se ter enviado cartas a todos os párocos, a maioria dos catequistas da Arquidiocese de Braga não foi sequer avisada», destacou o responsável, que, para além de classificar a Catequese como o «parente pobre» da acção pastoral, aponta o dedo à inércia que ainda persiste em alguns sectores da vida eclesial. «Alguns catequistas não participam no Curso porque teriam de pagar a sua inscrição do próprio bolso. Realmente, é uma situação insustentável para quem ganha o salário mínimo e tem que adquirir, no início de Setembro, os livros escolares para os filhos», lamenta. Em jeito de mensagem final, o sacerdote deixou um apelo a toda a Arquidiocese de Braga para que se coloque a Catequese no lugar que deve ocupar por direito próprio. «Se nos descuidamos na forma como “fazemos” cristãos, estamos a comprometer o futuro da Igreja. Depois ninguém se pode queixar que os jovens desaparecem a seguir ao Crisma. Seria bom que questionássemos o tipo de formação que lhes demos…»