Responsável pelo Departamento da Catequese do Patriarcado de Lisboa aposta em «recomeço ajustado para cada situação»
Lisboa, 07 out 2020 (Ecclesia) – O responsável pelo Departamento da Catequese do Patriarcado de Lisboa disse à Agência ECCLESIA que a “experiência da pandemia e confinamento” trouxe “novas experiências” nesta área, especialmente na forma de comunicar, exigindo “capacitação digital”.
O padre Tiago Neto realçou que as formas de comunicação com as famílias, crianças e adolescentes deixaram de acontecer apenas “no contexto presencial” e entrou “no contexto digital”.
Depois de um trabalho de formação com os catequistas e formadores, o responsável pela Catequese desta diocese aposta “num recomeço ajustado para cada situação”, que é “a grande particularidade” nesta área, assinalou o sacerdote, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).
O especialista destaca que não existem modelos impostos, mas “algumas orientações”, que estão em consonância com o Departamento Nacional da Catequese.
No Patriarcado de Lisboa, foram escolhidas “duas grandes prioridades”, centradas na “valorização da família como lugar de evangelização” e na “capacitação digital dos catequistas”.
“A catequese não pode estar amarrada às coisas habituais” e a pandemia colocou, de forma visível, esta “evidência”.
A catequese, com matriz presencial, “deve encontrar novos lugares”, porque a referência à comunidade cristã “não pode ser mais uma referência presencial”.
A relação comunitária também está em casa e na família e nesses locais “há um grande processo de evangelização”.
A aplicação de ferramentas digitais – “apesar de não haver muita produção portuguesa” – pode “diversificar a experiência de catequese”.
Estas “novas experiências” podem “consolidar a fé”, porque “uma das dificuldades está na articulação entre a pessoa e a comunidade”, disse o padre Tiago Neto.
Segundo este responsável a família “confia na catequese” para educar o seu filho, todavia existe “algum distanciamento” em relação às ferramentas digitais.
Apesar do período pandémico e das contingências, os catequistas estão “empenhados para que tudo corra com segurança” e “todas as paróquias têm planos de contingência”, conclui o responsável pelo Departamento da Catequese do Patriarcado de Lisboa.
PR/LFS/OC