Ideia reforçada no 51.º encontro nacional de responsáveis diocesanos pelo setor
Aveiro, 02 abr 2012 (Ecclesia) – Envolver as famílias na revitalização pastoral da Igreja Católica em Portugal é uma das principais prioridades da Educação Cristã, adiantou hoje o responsável pelo setor, D. António Francisco dos Santos.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) defendeu a necessidade de “novas metodologias” e “novos lugares” para que “a ação catequética seja fermento de renovação” e ao mesmo tempo “receba um contributo renovador” da parte das pessoas.
Apesar da maior parte dos conteúdos educativos já estarem disponíveis, “o mais importante não está realizado”, apontou o prelado, que entre 27 e 30 de março teve oportunidade de escutar e recolher propostas dos diversos secretariados diocesanos, durante o 51.º Encontro Nacional da Catequese, em Lamego.
A iniciativa, que juntou mais de meia centena de responsáveis, teve como tema “A tua Fé te salvou”, numa alusão ao “Ano da Fé” proposto por Bento XVI e aos 50 anos do Concílio Vaticano II.
Segundo o presidente da CEECDF, procurou-se sobretudo sublinhar a importância de cuidar de “todo o processo de iniciação e descoberta do religioso”, desde o “pré-escolar” até à “catequese de adultos”, passando pela “formação de catequistas.
D. António Francisco dos Santos destacou o “espírito de grande compromisso” que foi revelado por todos os participantes.
“A educação cristã em Portugal já vem de muito longe, temos a consciência que há ainda um longo caminho a percorrer mas partimos com esperança para o futuro”, salientou.
No que diz respeito ao envolvimento das comunidades no processo catequético, o diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã, diácono Acácio Lopes, falou na importância de “uma catequese a decorrer na vida” e não num “espaço fechado”, durante uma ou duas horas.
“A família, a liturgia, as celebrações semanais, os espaços de encontro, tudo isso deve constituir oportunidade de crescimento catequético e de fé para os diversos membros da comunidade, segundo as características próprias de cada um”, acrescentou.
Até agora, apenas foram postos em marcha pequenos projetos experimentais, nas áreas da “catequese familiar” e do “despertar da fé”, mas os resultados têm sido “surpreendentes”.
“Não temos nenhuma desistência e há já gente que, mesmo sem ter feito o primeiro ano desta modalidade, querem entrar diretamente no segundo e vamos permitir que isso aconteça”, confidenciou aquele responsável.
O 51.º Encontro Nacional de Catequese permitiu ainda detetar a necessidade de uma formação catequética e pedagógica mais sólida nos sacerdotes, de modo a que eles possam estar acompanhar o processo de uma forma “mais ativa” e não apenas em termos de “supervisão”.
JCP