«Família – sujeito ativo de Catequese» é o tema do encontro nacional do setor em Santarém
Lisboa, 21 mar 2017 (Ecclesia) – A diretora do Departamento de Catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) afirmou que a família “foi sempre uma prioridade” nos trabalhos deste setor.
“Nas iniciativas do departamento que tiveram lugar na ultima década a família foi sempre uma prioridade. Se olharmos para a história da Catequese em Portugal vemos que a família esteve sempre presente nas preocupações dos catequetas e responsáveis, com projetos de Catequese Familiar lançados há décadas e de Despertar da Fé também”, disse Cristina Sá Carvalho.
Em entrevista ao portal EDUCRIS, da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, da Igreja Católica em Portugal, a responsável explicou que mesmo quando o trabalho com as famílias “não foi uma meta explícita”, a Igreja doméstica “foi sempre contemplada”.
“Até, numa fase em que se lamentava bastante a fraca participação familiar na educação para a fé dos filhos e netos, e que acabou por reencontrar algumas respostas e criar outras”, observou.
O Departamento da Catequese do SNEC vai dinamizar o 56.º Encontro Nacional de Catequese, com o tema ‘Família – sujeito ativo de Catequese’, entre 9 e 12 de abril, em Santarém, para diretores e equipas dos secretariados diocesanos do setor, procurando refletir o tema a partir da exortação apostólica ‘Amoris Laetitia’.
Neste contexto, a diretora do Departamento de Catequese do SNEC refere que, em primeiro lugar, é preciso rever os pontos principais do documento do Papa Francisco sobretudo, nos pontos onde a catequese é referida.
Cristina Sá Carvalho exemplifica que há seis anos lançaram o projeto sobre a Catequese Familiar, o 'Despertar Religioso', e também a Escola Paroquial de Pais, uma vez que párocos e catequistas “desejavam trabalhar mais e melhor com as famílias, pais e avós”.
Agora, no Encontro Nacional de Catequese vão fazer um balanço deste percurso, sobretudo, para “atualizar” os dados da sua expansão pelas dioceses.
A diretora considera, por exemplo, que a Catequese Familiar e o Despertar Religioso são “grandes facilitadores” para as famílias jovens e para as famílias que passaram por algum tipo de experiência disruptiva”.
“Os pais encontram ali outros pais com quem partilhar preocupações e alegrias. Esse registo é um traço essencial da forma como as famílias se estão a apropriar da experiência da Catequese Familiar”, desenvolve.
Cristina Sá Carvalho assinala ainda que a família “está sempre em mudança”, algo que é visível, por exemplo, na educação das crianças e dos adolescentes.
“Há um modelo de família que a Igreja oferece como o padrão, como aquela estrutura familiar que melhor protege e defende a dignidade da pessoa em qualquer idade da vida”, acrescenta.
Ao Educris, a diretora do Departamento de Catequese, do Secretariado Nacional da Educação Cristã, assinalou que na educação também se procura que as novas gerações possam construir as suas famílias “com solidez, com discernimento, na presença de Deus”.
CB