Documento resulta de um trabalho «em conjunto» e valoriza os «percursos» de cada pessoa, afirma D. António Moiteiro
Fátima, 11 nov 2021 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé disse à Agência ECCLESIA que o novo itinerário de iniciação à vida cristã, aprovado hoje pela Conferência Episcopal Portuguesa, decorre dos “tempos de profundas mudanças” na atualidade.
No novo documento, intitulado “Itinerário de iniciação à vida cristã com as famílias, com as crianças e com os adolescentes”, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) indica “um novo olhar” sobre a transmissão da fé na infância e adolescência.
“Estes tempos de profundas mudanças no que diz respeito à família, à personalização da fé, à própria educação da fé, à cultura que nos envolve, implicam um novo olhar, um novo trabalho em conjunto para que a educação da fé se faça não apenas em seis, sete, nove, dez anos, mas se vá fazendo ao longo de toda a vida”, disse D. António Moiteiro à Agência ECCLESIA.
Para o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé , o documento hoje aprovado pela Assembleia Plenária da CEP coloca “os fundamentos” de um processo, onde intervêm “vários interlocutores”.
O itinerário corresponde ao Inicio de “um processo sinodal no campo da catequese”, oferece um “plano geral” com propostas de “tempos” e “percursos”, começando agora a etapa de preparação de “materiais catequéticos”.
“É um tema a estudar porque é preciso inserir o mundo digital”, acrescentou.
O documento “Itinerário de iniciação à vida cristã com as famílias, com as crianças e com os adolescentes” foi aprovado pela Assembleia Plenária que terminou hoje em Fátima, assim como “a proposta de proclamar São Bartolomeu dos Mártires como padroeiro dos Catequistas”.
“Foi ainda apresentada e aprovada a proposta de se gerar um movimento de reflexão sobre educação, coordenada pela Comissão Episcopal e integrando os organismos e instituições envolvidos nas várias dimensões educativas, que apresente o pensamento da Igreja sobre esta dimensão humana e social”, acrescenta o Comunicado Final da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa.
OC/PR