Catequese como janela aberta para os pais

Actualmente, os grandes transmissores da fé são a comunidade e a família. “Perante esta realidade, o catequista deverá propor a fé” – afirmou à Agência ECCLESIA Isabel Oliveira, Responsável pelo Sector da Catequese da diocese do Porto. Durante três dias (18 a 20 de Julho), o Secretariado da Educação Cristã da diocese do Porto promoveu as IV Jornadas de Verão de Formação de Catequistas e outros Educadores. A catequese não poderá ser apenas “um ensino de conteúdo, mas apelar também para a interioridade” – realça. Ao funcionar desta forma, a catequese não realiza todas as tarefas à qual é chamada a realizar: “Anúncio, oração, educar para a caridade e para a missão”. Há uma dissociação entre a catequese e comunidade cristã. “A maior parte das crianças não frequenta a comunidade cristã” – lamenta a responsável. Como os pais “não vivem a dimensão do evangelho na própria vida”, a catequese torna-se “uma questão de hábito e de rotina”. E exemplifica: “temos pais que são agnósticos e colocam as crianças na catequese”. Em termos de futuro, Isabel Oliveira apela para que os catequistas “não sejam apenas catequistas de infância”. Estes devem fazer da catequese “uma janela aberta para que os pais possam experimentar Jesus Cristo”. Uma forma de evangelizar os pais através dos filhos. É fundamental “organizar um projecto progressivo de integração dos pais” – salienta. Em relação aos novos catecismos, Isabel Oliveira frisa que os manuais “são um bocadinho complexos”. “Não podemos esquecer que temos catequistas com a quarta classe”. No entanto, os novos catecismos serão instrumentos “muito úteis”. Umas jornadas formativas com a presença de cerca de duzentos educadores das fé.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top