As ferramentas são essências, mas o ser catequista implica “criatividade” e “vivência do Evangelho”
Lisboa, 14 out 2024 (Ecclesia) – A catequista e colaboradora no Secretariado Nacional da Educação Cristã, Rita Santos, considera que as famílias são essenciais no processo catequético e sem elas “não é possível” conseguir fazer “este trabalho e este crescimento”
“Sem as famílias não é possível conseguirmos fazer este trabalho e este crescimento porque estamos numa dinâmica de envolvimento da pessoa e, portanto, a família faz parte deste caminho da pessoa”, disse Rita Santos à Agência ECCLESIA.
No arranque de um novo ano catequético, a transmissão da fé passa pelas estruturas paroquiais da catequese e “cada vez mais” pelas famílias.
Para a irmã Arminda Faustino, coordenadora do Departamento de Catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã, é fundamental olhar para “os sinais dos tempos” e procurar dar respostas às interpelações “dos últimos tempos”.
A solução “não está só num ponto ou só numa pessoa, mas nesta vivência, nesta experiência do que é ser cristão e ser anunciador”.
As “novas ferramentas” são essenciais, todavia isto implica também “muito deste aprofundamento da vivência cristã e deste sentido de igreja e de pertença”, de se fazer este caminho “conjuntamente e não isoladamente”.
“Alguns tempos atrás o catequista pegava no guia e fazia a catequese, agora não”, sublinha a coordenadora.
Atualmente, o ser catequista implica uma vivência e fazer “esta experiência do que é ser discípulo missionário de Cristo”, afirmou.
Um “grande desafio” da formação e da atualização dos catequistas passa pela proximidade e caminhada com as pessoas.
Dominar as ferramentas “é importante”, mas “não basta”, realçou a irmã Arminda Faustino.
O catequista João Pedro Santos, esposo de Rita Santos, reconhece que a “criatividade” é fundamental para transmitir a fé tal como o exemplo de vida.
“É estar presente e ser testemunho constante daquilo que somos e que vivemos” porque para darmos a conhecer Jesus às crianças, em primeiro lugar, nós temos que encontrá-lo”, afirmou o catequista.
“Não basta tê-lo encontrado um dia, temos que o ir encontrando na nossa vida porque é isso que nós fazemos com os nossos amigos. Vamo-nos encontrando com eles e a nossa relação vai se aprofundando e transformando. E é isso que nós procuramos transmitir às crianças”.
“Procurar essa criatividade de conhecermos as crianças, os jovens, os adolescentes, e de lhes fazer ver que esta relação é importante, faz-se no dia-a-dia, e que a catequese é também para a vida deles”, acrescentou numa entrevista ao Programa ECCLESIA emitido, esta segunda-feira, na RTP2.
HM/LFS