D. Carlos Azevedo inaugurou trabalhos que juntam cerca de 80 participantes
Faro, 07 abr 2011 (Ecclesia) – Cerca de 80 participantes marcam presença no congresso internacional Rota das Catedrais, iniciativa que quer oferecer um fundo teórico ao projeto de valorização destes edifícios que envolve a Igreja e o Estado.
D. Carlos Azevedo, vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais da Igreja e Comunicações Sociais, disse aos jornalistas que o congresso visa garantir uma “base ideológica e cultural” para as intervenções previstas.
“Este colóquio vai-nos dar essa base, para que aquilo que se vai fazer seja enquadrado pela reflexão de estudiosos portugueses e espanhóis que têm os mesmos problemas”, afirmou.
A iniciativa, promovida pela Direção Regional de Cultura do Algarve e pelo Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja (SNBCI), é a primeira apresentação pública desde o acordo de cooperação celebrado a 30 de junho de 2009 entre o Ministério da Cultura e a Conferência Episcopal Portuguesa e visa oferecer às catedrais uma atenção global, através de uma intervenção qualificada de recuperação e conservação.
Segundo Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, todas as 25 catedrais envolvidas “precisam de intervenção”, embora os casos que implicam trabalhos mais complexos sejam Portalegre, Miranda e Santarém.
As obras, a realizar até 2014, serão comparticipadas por fundos comunitários através do QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional.
“As sés foram capazes de perceber que era o momento último e único de ter algumas ajudas porque o património é, cada vez mais, um grande peso para a sua conservação”, disse o bispo auxiliar de Lisboa, defendendo que, “à medida que este património for, cada vez mais, entregue às comunidades locais, elas terão de encontrar formas de mecenato e desenvolvimento turístico que ajudem a minorar os enormes custos da sua conservação”.
Na sessão de abertura do congresso, também o presidente da Câmara de Faro lembrou a importância desta iniciativa na “valorização do património das catedrais como edifícios de referência nas diferentes zonas do país”.
Macário Correia considerou que é “responsabilidade de todos” ajudar na conservação e manutenção das catedrais.
Até 9 de abril, o congresso vai ainda reunir representantes de instituições ligadas à investigação, ao turismo, municípios e Igreja Católica,
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