Projeto «A Arte das Paróquias no Coração da Diocese» pretende «colocar em evidência a necessidade» de preservar e dar a conhecer o património da Igreja «nas suas múltiplas expressões»
Viseu, 04 dez 2023 (Ecclesia) – A Casa Episcopal da Diocese de Viseu está a acolher uma exposição do património religioso da Paróquia de Mangualde, no âmbito da iniciativa “A Arte das Paróquias no Coração da Diocese”.
Em nota enviada à Agência ECCLESIA, a Diocese de Viseu explica que a “exposição é composta por 17 exemplares, provenientes da Casa Paroquial, de salas anexas à Igreja e ao Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição”.
“As peças com maior destaque são um calvário oitocentista, de madeira dourada e estofada e uma Nossa Senhora com o Menino, de calcário policromado, dos finais do século XV, inícios do XVI”, salienta a mensagem que revela que “está também exposto um conjunto de colunas de talha dourada e policromada, um Cristo Ressuscitado e um Cristo Morto com grandes perdas de material, nomeadamente ao nível dos membros, duas caixas de esmolas, uma em metal e outra em terracota”.
Além destas peças, encontram-se ainda em exposição algumas alfaias litúrgicas como um turíbulo e uma naveta, que podem ser vistas de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.
O projeto é promovido pelo Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu e tem como um dos objetivos fortalecer a relação das paróquias com o espaço central da diocese, onde além da residência episcopal se encontram os serviços diocesanos.
“As dinâmicas de salvaguarda dos bens culturais da Igreja podem ser corporizadas com projetos de dimensões significativas, como grandes exposições, ou através de iniciativas mais simbólicas, mas capazes de colocar em evidência a necessidade de preservarmos e de darmos a conhecer o património da Igreja nas suas múltiplas expressões”, afirmou a coordenadora do departamento Fátima Eusébio.
Segundo a responsável, “a mostra de cada paróquia pode ser vista por todos os que se deslocam à Casa Episcopal para aceder aos serviços, bem como pelos turistas que por ali passam quando se dirigem ao Centro Histórico”.
A iniciativa iniciou-se em dezembro do ano passado e já esteve exposto o património da Paróquia de São Salvador e da Paróquia de Vilar de Besteiros, adianta a Diocese de Viseu que indica que “não existe uma periodicidade fixa para cada núcleo de peças exposto, estando este sempre dependente das disponibilidades dos serviços para a seleção e transporte das peças, bem como dos técnicos para os procedimentos conservativos”.
De acordo com Fátima Eusébio, para apresentação ao público é dada primazia às peças que não se encontram ao culto.
“Na sua maioria são exemplares de reduzidas dimensões, de expressão popular, por vezes com lacunas materiais significativas. Desta forma, alertamos as comunidades para estas existências, que muitas vezes estão esquecidas, mas que devem ser preservadas pela sua relevância histórica, artística, funcional e significante no quadro da vivência da fé ao longo dos tempos”, destaca.
LJ/OC
