“A minha casa está aberta a todos”, afirmou Bento XVI esta manhã, durante uma breve cerimónia de inauguração do Portão de Bronze, no Vaticano, após “dois anos de paciente trabalho” de restauro. O Papa abençoou a entrada principal da Residência Apostólica, totalmente restaurada, num envento “significativo pela função que este Portão exerce ao longo dos séculos de história eclesial”. Ao agradecer a presença dos participantes, no acto inaugural, mas, sobretudo, daqueles que contribuíram nas obras de restauro do Portão de Bronze, o Papa recordou que a gigantesca obra foi realizada por João Baptista Soria e Horácio Censor, durante o Pontificado de Paulo V, entre os anos 1617 e 1619. Em 1663, após a colossal intervenção arquitectónica de Gian Lorenzo Bernini, ele foi colocado no seu actual lugar, ou seja, entre a colunata da Praça São Pedro e o Braço de Constantino. Consumido pelas intempéries, o Portão de Bronze devia ter sido restaurado, por ocasião do Grande Jubileu do 2000, mas apenas foi desmontado e alguns anos depois, após cuidadosas obras segundo técnicas e métodos modernos, voltou ao seu antigo esplendor. “Precisamente por estar na entrada da Casa, daquele que o Senhor chamou a guiar, como Pai e Pastor, de todo o Povo de Deus, este Portão assume um valor simbólico e espiritual: por ele passam aqueles que vão se encontrar com o Sucessor de Pedro e os que trabalham nos escritórios do Palácio Apostólico”, disse o Papa.