Aos sacerdotes e às comunidades cristãs do patriarcado de Lisboa, acerca da Solenidade da Dedicação da Sé patriarcal de Lisboa
Queridos Irmãos e Irmãs,
Este ano a celebração litúrgica da Dedicação da nossa Catedral é ao Domingo. A celebração será, no Domingo, 25 de Outubro, às 19 horas.
Como sabeis, a Dedicação da Catedral é uma celebração que sublinha a realidade da Igreja diocesana, como Igreja Particular, em comunhão apostólica com todas as outras Igrejas, na universalidade católica. Por isso, ela deve ser celebrada por toda a comunidade diocesana, quer participando no Pontifical na própria Catedral, quer por todas as assembleias eucarísticas da Diocese.
Todos podem nesse dia, ao celebrar a Eucaristia dominical, viver explicitamente uma dimensão sempre presente em todas as Eucaristias, a comunhão eclesial com o Santo Padre, com o Bispo diocesano e todo o Povo de Deus.
A Igreja Catedral sublinha especificamente a apostolicidade da Igreja. Uma diocese só existe como Igreja Particular porque a ela preside o Bispo, sucessor dos Apóstolos, unido aos presbíteros (C.D. nº11). Não se trata de sublinhar apenas a dimensão hierárquica da Igreja, mas concebê-la como um Povo sacerdotal, que recebe do sacerdócio apostólico a capacidade de oferecer, com Cristo, o sacrifício de louvor e de redenção.
A Igreja é apostólica na sua essência e o sacerdócio apostólico, que realiza o sacerdócio do próprio Cristo, encontra a sua verdade ao serviço da Igreja, Povo sacerdotal. Toda a Igreja é “nação santa” e “povo sacerdotal”.
Em Ano Sacerdotal, esta celebração é ocasião para aprofundar este mistério da Igreja e o sentido do sacerdócio ministerial para que toda a Igreja possa ser Povo sacerdotal. Tenho a certeza de que tudo fareis para valorizar esta celebração. Eu, como vosso Bispo, continuo a meditar a Christus Dominus: esta diocese é a porção do Povo de Deus que me foi confiada para, em comunhão com o nosso presbitério, a guiarmos como pastores, a reunirmos com a força do Evangelho e da Eucaristia (C.D. nº11).
A todos abençoo com a graça de Cristo Sacerdote.
Lisboa, 23 de Setembro de 2009
D. JOSÉ, Cardeal-Patriarca