Projeto de voluntariado em hospitais e instituições foi criado em 2008
Torres Vedras, Lisboa, 02 mar 2014 (Ecclesia) – A personagem Vanocas, criada por Vânia Moura em 2008 em Torres Vedras tem como objetivo levar alegria e cor a crianças e adultos doentes em hospitais e instituições de solidariedade social.
“A Vanocas surgiu nas animações em eventos que eu fazia para crianças e depois alargou-se para orfanatos, hospitais, principalmente em pediatrias com doentes oncológicos”, conta, em declarações à Agência ECCLESIA.
Vânia Moura refere que “foi sempre educada com o voluntariado presente” na sua vida por isso acredita que tem “o dom de ser meio palhaça e de transformar a tristeza das crianças em alegria” e de dar “um bocadinho de si a quem mais precisa”.
“É muito gratificante que as crianças e estas pessoas com dificuldades me conheçam e me chamem tantas vezes para os visitar, para lhes trazer um bocadinho de alegria que muitas vezes está apagada”, observa.
Este trabalho de voluntariado é para Vânia Moura uma atividade que “a preenche muito porque ver que como as ações da Vanocas trazem sorrisos às crianças doentes é maravilhoso”.
Os sorrisos, as brincadeiras e as prendas que leva às crianças internadas no Instituto Português de Oncologia (IPO) em Lisboa são “um recarregar de baterias”, porque muitas vezes quando chega “o ambiente é pesado, estão fechadas no quarto há muito tempo naquele ambiente hospitalar”.
“As crianças têm sempre uma palavra amiga, são puras, sinceras, generosas e muitas vezes mesmo doentes são essas palavras que me dão força e me comovem e são sempre muito fáceis de contentar, qualquer coisa simples, apenas a presença lhes traz alegria”, sublinha.
Além da presença voluntário no IPO e em orfanatos, a personagem Vanocas é também muito querida junto dos utentes do ‘Lar da Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas’ em Torres Vedras que apesar das suas limitações a recebem “desde a primeira vez em grande clima de festa”.
Em Torres Vedras “todos os dias são bons para festejar o Carnaval” conta Vânia que aproveitou o dia de hoje, domingo de carnaval, para “promover uma festa na instituição, uma vez que “estas pessoas com as limitações que têm não podem sair nos desfiles que acontecem pelas ruas da cidade nestes dias”.
“A alegria não tem nenhuma caraterística específica, é tudo aquilo que nós conseguimos fazer e transformar isso num sorriso”, porque o facto de conseguir colocar um sorriso na cara de uma pessoa que passa por momentos mais difíceis é “dar-lhe um pouco de alegria”.
Ao visitar instituições como o ‘Lar da Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas’, Vânia tenta sempre angariar alguns donativos junto de empresas e supermercados que possam “facultar alguns bens básicos que estas instituições tanto precisam e a verdade é que pedindo as coisas aparecem o que prova que mesmo estando em crise as pessoas ainda são generosas”.
Vânia Moura gostava de se dedicar a tempo inteiro a um projeto que levasse a personagem Vanocas e a sua “cor e alegria às crianças doentes oncológicas”, mas para já esse sonho “está longe porque é tudo feito ao nível do voluntariado” e por isso concilia esta vida “de dar amor ao próximo” com um trabalho diário numa rent-a-car e ainda com um extra que tem alguns dias da semana nas bilheteiras do teatro de Torres Vedras.
MD
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