A Cáritas Portuguesa definiu Orientações Estratégicas para a sua acção, nos próximos tempos, onde se salienta a animação, a comunhão de bens, a formação e a expansão. Após o Conselho Geral desta organização católica, que decorreu entre 16 e 19 de Novembro na Ilha Terceira (Açores), os participantes referem que “deve imperar o princípio da universalidade e da radicalidade no combate aos problemas”. O comunicado final do Conselho sublinha que a Cáritas “deve promover uma acção social de proximidade que com base no conhecimento solidário procura soluções partilhadas, sem esquecer a dimensão espiritual”. Por isso, foi considerado oportuno que se criassem mecanismos de observação social que permitam obter indicadores fiáveis dos principais problemas sociais e assim promover um trabalho em parceria no combate aos mesmos. Como forma de fomentar a comunhão, foi aprovada a criação de um Centro de Recursos que permita operacionalizar uma plataforma de trabalho interactiva “onde todas as Cáritas possam partilhar documentos, experiências e formas de trabalho para rentabilizar os saberes num espírito comunhão”. Já neste Natal arranca a Operação “10 Milhões de Estrelas”, que vai ser implementada por todas as Cáritas presentes neste Conselho. A causa nacional é a ajuda a um Projecto de idosos na Arquidiocese de Fortaleza no Brasil; 30% dos resultados serão aplicados na causa nacional, enquanto os restantes 70% serão geridos pelas dioceses em projectos de apoio a idosos. D. José Alves, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, realçou que a missão da Cáritas é “ser o rosto visível da Caridade da Igreja”, desafiando a organização a “estar atenta aos problemas da sociedade, conhecê-los, entendê-los da forma mais aperfeiçoada possível, aproveitando os métodos técnico-científicos existentes”. A Cáritas, acrescentou, tem a obrigação de “cuidar da formação dos que estão mais implicados na prática da caridade, porque ‘o bem tem que ser bem feito’. Não basta a compaixão. É necessário passar à acção com a força de um coração generoso, mas determinado”. Conclusões do Conselho Geral • «O bem tem que ser bem feito»