Cáritas Portuguesa vai doar 233 mil euros para três projectos de apoio social na Índia

Fundos da campanha organizada com a Rádio Renascença vão também ser destinados à Indonésia

A Cáritas Portuguesa vai passar a centrar a sua ajuda às vítimas do tsunami ocorrido na Índia em 2004 na consolidação de projectos sociais.

A reorientação das prioridades foi decidida depois de a instituição de apoio social da Igreja católica ter contribuído com cerca de 455 mil euros para a construção de habitações e financiamento de barcos para pescadores.

Os três programas vão ser executados em regiões que a Cáritas já tinha auxiliado num primeiro momento: Chennai, Chengalpattu e Pondicherry.

O objectivo da cooperação é financiar projectos diversificados – por exemplo, associações de mulheres, jovens e pescadores –, proporcionando aos beneficiários capacidades para subsistirem com os seus próprios meios.

“Trata-se de um apoio sobretudo nesta área da capacitação. Na parte material as coisas estão mais ou menos compostas. As habitações que foram construídas para já são as necessárias”, explicou o presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca.

“Optámos por apoiar três Cáritas diocesanas na sustentabilidade dos projectos que já estão em curso, deixando no terreno os instrumentos necessários para que as pessoas continuem a caminhar por elas, adquirindo as capacidades que forem precisas”, prosseguiu o responsável.

“São três projectos a três anos, e deixámos o compromisso de enviar 233 mil euros, dinheiro proveniente da campanha de solidariedade lançada em conjunto com a Rádio Renascença após o tsunami”, acrescentou.

Cada projecto, inserido num plano de apoio que se prolonga até 2013, vai custar cerca de 78 mil euros.

Os programas a subsidiar foram escolhidos após um encontro entre uma equipa da Cáritas Portuguesa, que se deslocou à Índia esta semana, e representantes da instituição homóloga local.

A ideia inicial era atribuir à Índia uma verba semelhante à que foi dada para projectos no Sri Lanka, na ordem dos 650 mil euros. Mas depois de comprovar no terreno que a situação neste país está mais consolidada, a instituição decidiu que a aposta com o dinheiro que resta da campanha vai agora para a Indonésia, um país que terá mais necessidades de apoio.

“No Sri Lanka – refere Eugénio Fonseca – ainda é necessária a construção de muitas infra-estruturas, até mesmo infra-estruturas de base, como é o caso de apoios sanitários ou construção de casas. Temos também conhecimento que a Indonésia está em situação ainda pior do que o Sri Lanka. Face ao que encontrámos no terreno na Índia, decidimos, depois de conhecermos melhor a realidade, fazer uma distribuição diferente das verbas”.

João Duarte (RR), na Índia

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