Cáritas Portuguesa homenageada na Mesquita de Lisboa

Eugénio Fonseca quer encetar «estreita colaboração com religião islâmica»

A Cáritas Portuguesa foi homenageada na Mesquita de Lisboa, pela comunidade islâmica. Eugénio Fonseca, Presidente da Cáritas, recebeu um diploma que realça o trabalho desta instituição da Igreja Católica, junto dos mais pobres e em situações de emergência.

A homenagem à Cáritas Portuguesa e a outras entidades e individualidades por trabalhos de mérito na sociedade portuguesa aconteceu durante a cerimónia de comemoração dos 25 anos da Mesquita de Lisboa.

Eugénio Fonseca, surpreendido com a homenagem, destaca à Agência ECCLESIA a responsabilidade acrescida e o incentivo “para prosseguir o trabalho no mesmo sentido que conduziu a nossa acção até agora”.

A homenagem reflecte “que a acção da Caritas responde universalmente”. Eugénio Fonseca afirma ser “significativo” o facto de o reconhecimento chegar por “iniciativa de outra religião”.

O Presidente da Cáritas Portuguesa adianta ser sua intenção ver possibilidades de estreita colaboração com a religião islâmica. Ainda sem caminhos pensados, Eugénio Fonseca diz que a Cáritas “vai ponderar formas de, em conjunto, construirmos uma sociedade mais justa e fraterna”.

Os 25 anos da Mesquita de Lisboa foram assinalados este Domingo, dia 14. Este ano marca a constituição da primeira Mesquita desde o Século XV em que os muçulmanos e judeus foram expulsos da Península Ibérica.

A celebração contou com a presença de José Sócrates, Primeiro-Ministro que reafirmou valores de humanismo e de tolerância em Portugal.

“O Estado português é um Estado laico, mas não somos uma sociedade laica”, afirmou o Primeiro-Ministro, segundo avança a rádio Renascença.

José Sócrates explica que a sociedade portuguesa é “tolerante”. “Somos um povo humanista, um povo a quem uma história de expansão e inclusão ensinou o valor da diversidade e o valor da multiculturalidade”.

O Primeiro Ministro disse ainda, na sua intervenção, que a sociedade portuguesa pode orgulhar-se da sua “liberdade religiosa, respeito e da tolerância pela diferença”.

Também Abdul Vakil, presidente da Comunidade Islâmica Portuguesa, referiu a liberdade de consciência que Portugal vive.

“Vivemos uma época de liberdade de consciência consagrada na Constituição Portuguesa e, naturalmente, a liberdade religiosa veio abrir uma nova dimensão no relacionamento entre os crentes de todas as fés”.

Na sua intervenção, Abdul Vakil referiu mesmo orgulhar-se de Portugal pelo “exemplo de convivência harmoniosa e fraterna entre todos os seus cidadãos independentemente da sua religião, etnia ou cultura”.

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Agência ECCLESIA

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