Cáritas pede protecção para trabalhadoras domésticas

A Caritas Internationalis pede mais protecção para os trabalhadores imigrantes, em especial as mulheres que trabalham como domésticas, amas ou enfermeiras, que correm mais risco de serem exploradas.

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, assinalado hoje, 8 de Março, a confederação internacional da Cáritas recorda aos governos o dever de tutelar as trabalhadoras que frequentemente sofrem abusos e raramente recebem “qualquer tipo de protecção legal”.

Considerando que estes abusos são difíceis de identificar, uma vez que o local de trabalho são casas particulares, a Cáritas pede que as domésticas sejam beneficiadas com a mesma protecção legal garantida aos demais trabalhadores.

Para Martina Liebsch, directora de políticas da Caritas Internationalis, para além do risco de abusos, “as trabalhadoras domésticas por vezes não têm acesso a protecção adequada em termos de segurança social; temem sofrer represálias dos seus patrões caso se queixem às autoridades e consequentemente, submetem-se condições de verdadeiros escravos modernos”.

A Cáritas pede que sejam estabelecidas cláusulas específicas para os imigrantes que realizam trabalho doméstico, dado que o seu trabalho e a sua residência estão ambos ligados a um patrão.

“O mundo precisa de perceber que estas mulheres que cuidam de nós, nas nossas próprias casas, e que fazem grandes sacrifícios para encontrar um emprego no estrangeiro, precisam dos nossos cuidados”, afirma a organização católica.

 

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Agência ECCLESIA

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