A Cáritas Paquistão considera urgente a chegada de mais fundos para as operações de emergência no país e faz um apelo a todos quantos possam contribuir.
Desde o início de Agosto que o Paquistão foi afectado por chuvas torrenciais, uma catástrofe que já causou a morte a cerca de duas mil pessoas e fez perto de 20 milhões de desalojados.
A organização humanitária não antevê melhoras ao estado de calamidade que se abateu sobre a região, e vai prolongar o seu programa de apoio de três para seis meses.
“Ainda há um número enorme de pessoas a precisarem de ajuda e a Cáritas está a impulsionar as suas operações, para assegurar que conseguimos chegar a todos” declara Anila Gill, directora da Cáritas Paquistão.
Numa nota publicada no site da Confederação Internacional da Cáritas, a mesma responsável acrescenta ainda que “foram prometidos fundos para as operações que estão a decorrer, mas é preciso garantir que esse dinheiro seja doado e transformado em comida, tendas, água e medicamentos, o mais depressa possível, antes que a situação piore ainda mais”.
A distribuição de comida, por si só, já representa um desafio enorme. De acordo com a mesma nota, “há zonas ainda inacessíveis, onde os preços de comida e combustível dispararam, á medida que as águas foram destruindo todas as reservas”.
As preocupações da Cáritas estendem-se também ás redes de comunicações, identificando infra-estruturas que precisam de ser reconstruídas, como estradas, pontes e canais de irrigação.
Para as populações atingidas, a esperança reside em ver terminada a crise antes do período de plantações, já em Setembro. Se as águas não descerem e os agricultores não puderem plantar, o período de fome vai continuar e as perdas humanas poderão ser ainda maiores.