Projeto «+Próximo» aposta na formação dos agentes da pastoral
Fátima, Santarém, 22 out 2013 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa promoveu a formação ‘Doutrina Social da Igreja – Pensamento Cristão para a orientação do mundo’, inserida no programa ‘+Próximo’, com cerca de 50 pessoas que partilham a experiência de ação social no terreno, em Fátima.
“Temos apostado na formação dos agentes da pastoral social para que não sejam pessoas que dão de comer ou roupa aos pobres mas tenham formação em eclesiologia, em atendimento de proximidade, e agora em Doutrina Social da Igreja, que é um grande património particularmente relevante nesta área”, explica à Agência ECCLESIA o padre José Manuel Pereira de Almeida, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social.
Com o projeto ‘+Próximo’, a Cáritas pretende que em cada paróquia tenha organizada, “como existe a liturgia e a evangelização, a área da caridade, da atenção aos outros, na promoção humana, no desenvolvimento, no cuidado, particularmente dos mais frágeis, dos mais pobres mas no sentido verdadeiro ou seja de um amor que faz viver, de uma liberdade que torna mais livre a vida dos outros”, acrescenta o responsável.
Na formação sobre ‘Doutrina Social da Igreja – Pensamento Cristão para a orientação do mundo’, deste sábado, estiveram representadas diferentes Cáritas Diocesanas e grupos vicentinos, com experiência de ação social no terreno.
Segundo o padre José Manuel Pereira de Almeida, é fundamental formar as pessoas na área social porque se ganha “muito quando se faz de maneira mais eficaz e mais realizadora a transformação na sociedade”.
Na Diocese de Beja, o projeto ‘+Próximo’ foi implementado há cerca de um ano e o objetivo é percorrer todas as paróquias para que criem “grupos de ação social” e que “a caridade seja uma realidade instituída nas paróquias”, informa a Irmã Beatriz Silva, que revela que vão renovar a atual equipa formadora e criar mais uma para percorrerem a diocese.
Segundo a interveniente, “com este projeto as pessoas ficaram com outra visão do que é a caridade e da necessidade estar organizada nas suas comunidades”, porque têm percebido que “as pessoas não sabem o que é caridade”.
“Há formações que começam com um número de pessoas e acabam com muito menos, este projeto começa com menos e acaba com mais, ou seja, está muito bem feito, muito bem elaborado”, acrescenta, satisfeita com a adesão dos diocesanos.
A solidariedade não é suficiente para ultrapassar a crise, mas é um “combate fundamental” para que as pessoas “não se tornem indiferentes”.
“Como dizia o Papa João Paulo II, “somos todos responsáveis por todos”, mas a crise tem os seus mecanismos e é muito importante que não nos compreendêssemos, no nosso país, como uma série de moedas mas que as pessoas são mais importantes e que uma mudança de mentalidade é particularmente relevante para a ultrapassagem da crise”, conclui o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social.
CP/CB