A Cáritas Diocesana do Algarve garante que a burocracia está a emperrar a resolução dos problemas das populações em Monchique e Marmelete, duas das zonas mais devastadas pelos incêndios deste verão. “A nossa preocupação não é preencher o papel primeiro e dar o dinheiro depois, mas resolver o primeiro de imediato” assegura Carlos Oliveira em declarações ao semanário diocesano “Folha do Domingo” que chega ao público no dia 5 de Setembro. Após ter percorrido as principais zonas afectadas no barlavento algarvio na companhia do presidente da Cáritas portuguesa, Eugénio da Fonseca, Carlos Oliveira revela que a Cáritas diocesana se disponibilizou para ajudar na reconstrução das casas e aponta o dedo às entidades competentes. “A Cáritas não quer passar por cima de ninguém, mas em termos de reconstrução nada foi feito. Entretanto como é que estão a viver as pessoas?” pergunta. Nesta fase em que o trabalho de identificação dos danos é fundamental, Carlos Oliveira sublinha o papel de extrema importância do serviço social paroquial das comunidades atingidas. Por outro lado, as renúncias resultantes do peditório nas paroquias algarvias do dia 15 de Agosto e as entregas feitas directamente à Cáritas diocesana somam 68.650 Euros, faltando ainda quantificar alguns donativos da campanha que terminou no final de Agosto.
