Os membros da Caritas da América Latina fizeram um apelo ao Parlamento Europeu para que desista da política de criminalizar os imigrantes ilegais e as migrações. O apelo foi feito num comunicado assinado pelo presidente do organismo, D. Fernando Maria Bargalló, bispo de Merlo-Moreno, na Argentina. A lei que cria novas regras para o regresso de imigrantes ilegais aos seus países será votada, a 24 e 25 de Julho, pelo Conselho da Europa depois de ter sido aprovada pelo Parlamento Europeu a 18 de Junho. “Deploramos com veemência a política da União Européia de considerar os imigrantes ilegais como delinquentes, promovendo a expulsão, medidas de detenção e a proibição de uma nova entrada na Europa”, afirmam os membros do Secretariado Latino-Americano e Caribenho da Caritas (SELACC). “As nossas tradições religiosas ensinam que devemos acolher com amor os nossos irmãos e irmãs. Todos os dias somos testemunhas dos sofrimentos das famílias de imigrantes que perderam seus entes queridos, de imigrantes que são explorados em seus trabalhos ou caíram nas mãos dos traficantes de seres humanos”, lê-se ainda no comunicado. Os membros do organismo pedem ao Parlamento Europeu que estude, juntamente com os países de origem dos imigrantes, medidas que promovam o desenvolvimento, além de criar oportunidades aos imigrantes ilegais que trabalham e residem nos países da União Europeia para serem regularizados mediante critérios racionais. (Com Rádio Vaticano)