A Cáritas de Jerusalém anunciou a implantação de um novo serviço de assistência de saúde às vítimas civis na zona oriental de Gaza, onde esta quarta-feira morreram dez palestinianos nos confrontos com o exército israelita. Jameel Khoury, responsável pelo sector da saúde na Cáritas Jerusalém, alertou para a dramática situação que se vive no local, apontando um significativo aumento do número de pessoas atendidas no centro médico da Cáritas, no campo de Al Shati,, ao longo dos últimos dias. “Estamos a trabalhar com a máxima normalidade possível, dadas as circunstâncias, porque que estávamos preparados para enfrentar esta crise e tínhamos armazenado nesse ponto os materiais necessários para garantir o funcionamento tanto da clínica como da unidade móvel”, indicou. Além deste centro de saúde de Al Shati, a Cáritas Jerusalém dirige actualmente outras seis clínicas de emergência em áreas da Faixa de Gaza especialmente vulneráveis. Além destes serviços médicos, a Cáritas promove um programa de distribuição de alimentos, dirigido aos grupos familiares que se encontram em condições mais precárias e que ficam fora dos planos da UNRWA (a agência da ONU para os refugiados palestinianos). Pela primeira vez desde que o Hamas tomou o controlo da Faixa de Gaza, há duas semanas, Israel reabriu nesta quinta-feira a sua principal passagem comercial com a região, disseram fontes oficiais israelitas e da ONU. A directora da Cáritas Jerusalém, Claudette Habesch, assinala que “não podemos permitir que a situação em Gaza se deteriore ainda mais”. Redacção/Zenit
