Presidente da Cáritas Portuguesa define como prioridade o trabalho de proximidade e a qualificação dos agentes da ação social
Fátima, Santarém, 20 jan 2012 (Ecclesia) – A direção da Cáritas Portuguesa tomou hoje posse, assumindo como prioridade dos próximos três anos a criação de um grupo de ação social em cada paróquia e o desenvolvimento de projetos de formação.
Numa sessão presidida pelo responsável pela Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga, que tornou hoje pública a nomeação do presidente da direção da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, tomaram também posse os membros da Mesa do Conselho Geral e os elementos do Conselho Fiscal da instituição.
Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, disse que assume este mandato para continuar a servir, afirmando não ter “qualquer interesse de outra ordem”.
Num trabalho de dinamização da solidariedade exercido em nome da Igreja Católica em Portugal, Eugénio Fonseca agradeceu a confiança depositada na direção a que preside, reconhecendo que pode não ser “fácil” confiar no trabalho de uma equipa, que assume posições públicas e dinamiza projetos e iniciativas no âmbito da ação social.
Para D. Jorge Ortiga, no entanto, não há motivos de desconfiança quando há “provas dadas” por parte de quem assume a liderança na Cáritas.
“Estamos a fazer a experiência da Igreja segundo o Concílio Vaticano II, Igreja Povo de Deus, onde cada um põe os seus talentos ao serviço dos outros”, afirmou.
No momento atual, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana afirmou a necessidade de existirem “agentes empenhados” em trabalhar pela “dignidade de todos” os cidadãos.
Para Eugénio Fonseca, o contexto de crise é “um desafio” para quem trabalha no setor social, reconhecendo a necessidade de, no momento atual, “reforçar a partilha de bens”.
Durante o mandato que agora inicia, a Cáritas Portuguesa irá dinamizar o projeto “Mais próximo” e promover a formação daqueles que, em instâncias nacionais, regionais ou locais, desenvolvem ações de ajuda e de promoção das pessoas.
Segundo Eugénio Fonseca, o projeto “Mais próximo” fará com que “cada comunidade tenha um grupo de ação social organizado”, transformando toda a comunidade no principal “agente” da ação social.
Por outro lado, todos os projetos do âmbito social exigem “uma maior qualificação”, o que motiva a determinação em fazer da formação uma prioridade para este mandato.
Um dos meios é, para Eugénio Fonseca, “proporcionar maior capacitação aos agentes de pastoral social no conhecimento da Doutrina Social da Igreja”.
A tomada de posse dos corpos sociais da Cáritas Portuguesa decorreu hoje, em Fátima, durante a sessão de abertura do XII Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações, onde o tema ‘Portugal entre a emigração e a imigração’ está em debate desde esta sexta-feira até domingo.
PR