Cristãos devem envolver-se «verdadeiramente» nas «questões sociais»
Lisboa, 11 abr 2013 (Ecclesia) – A encíclica ‘Pacem in Terris’, que completa hoje meio século, é um alicerce para “fazer a ‘refundação’ daquilo que é hoje a sociedade, a política e a economia e, também, a própria Igreja”, considera a Cáritas Portuguesa.
“Hoje, como há 50 anos, continuam a existir povos sem acesso aos direitos básicos e, em muitos casos, aos direitos políticos”, ao mesmo tempo que se verifica o “predomínio de um sistema que privilegia a riqueza”, sublinha a organização católica numa nota enviada à Agência ECCLESIA sobre o documento assinado pelo Papa João XXIII.
A “afirmação dos Direitos Humanos e a conjugação entre direitos e deveres”, o “compromisso dos cristãos” no desenvolvimento da sociedade e a “solidariedade entre todos os povos”, com a criação de “uma autoridade mundial para este efeito (ONU)”, são as questões colocadas pela encíclica que suscitam a reflexão da Cáritas.
“Os próprios cristãos deverão ser capazes de agarrar este momento social, mais até do que político e económico-financeiro, para verdadeiramente se envolver nas questões sociais mas de uma forma que deverá ser de estreita colaboração, cooperação e articulação”, salienta o organismo de apoio social.
O aniversário da ‘Pacem in Terris’ constitui um “exercício de memória, obrigatório para salvaguarda do passado”, mas também imperativo para que “o presente seja efetivamente ‘dádiva’ da oportunidade vivida e o futuro caminho que se quer trilhar na senda da transformação”, acentua a Cáritas Portuguesa.
RJM