Cáritas denuncia crise humanitária no Congo

Organização pede 12 milhões de dólares para ajudar 400 mil pessoas A confederação internacional da Cáritas lançou um apelo para a recolha de 12 milhões de dólares, essenciais para ajudar 400 mil pessoas a cobrir necessidades fundamentais na República Democrática do Congo.

Em Agosto de 2008, a zona oriental do país sofreu confrontos entre grupos rebeldes e tropas governamentais que provocaram uma crise humanitária.

No final desse ano, abriu-se uma janela de paz com a prisão do líder rebelde Laurent Nkunda e as operações militares com o apoio dos países vizinhos que obrigaram as milícias a sair da cidade.

A esperança desvaneceu-se em Janeiro, com a escalada dos combates que deixou mais de 1,3 milhões de pessoas sem casa e com extrema necessidade de alimentos, alojamento, protecção e assistência médica e psicológica.

A violência é provocada pelas milícias das Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR) no Norte e no Sul Kivu, e pelos rebeldes ugandeses do Exército de Resistência do Senhor (LRA) na Província Oriental, assim como pela falta de disciplina do exército nacional congolês.

O director da Cáritas Congo, Bruno Miteyo, afirmou que "a guerra está longe de acabar no Congo, bem como a miséria das pessoas".

"Centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar os seus lares por causa dos confrontos entre as milícias e as forças governamentais", lamentou.

A mortalidade infantil é muito elevada no Congo. Mais de 14% das crianças morre antes de completar 5 anos e 1,3 milhões de menores sofrem de má nutrição no país.

Um relatório da organização humanitária internacional Human Rights Watch (HRW) publicado a 2 de Julho denuncia que os rebeldes hutu ruandeses das FDLR, os ugandeses do LRA e os soldados das forças armadas do Congo assassinaram 1500 civis e violaram milhares de mulheres e jovens desde o passado mês de Janeiro.

O bispo de Butembo-Beni, D. Melchisédech Skuli Paluku, confirmou a gravidade da situação e pediu aos fiéis das dioceses solidariedade para com os proprietários das 800 casas queimadas no último mês em várias localidades do Kivu Norte.

Redacção/Zenit

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