Cáritas de Viana e CLAII organizaram festa dos povos

O salão paroquial de Monserrate, no centro da cidade de Viana do Castelo, foi pequeno para a Festa dos Povos, uma iniciativa da Cáritas Diocesana e do CLAII que reuniu, ontem à tarde, mais de sete dezenas de imigrantes. Trata-se de uma festa que começou em 2002 por iniciativa da Cáritas de Viana do Castelo, estrutura da Igreja que deu continuidade a esta celebração nos anos seguintes, contando com o apoio do Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes. Ontem, compareceu à festa perto de uma centena de pessoas da Ucrânia, Moldávia, Rússia, Bulgária e também uma japonesa e alguns angolanos, que, durante mais de duas horas, partilharam a merenda e as tradições culturais dos seus países. Na confraternização estiveram também presentes um padre da Igreja Ortodoxa – que, com frequência, reúne os imigrantes de Leste residentes no Alto Minho para a celebração da sua fé –, o assistente da Cáritas de Viana do Castelo, padre Domingos Lourenço Vieira, e representantes das forças de segurança da cidade. A festa começou com uma reflexão, seguindo-se a actuação do grupo de cavaquinhos e de bandolins do Grupo Etnográfico de Areosa, destacando-se neste conjunto o ucraniano Yuri. Uma actuação que ilustrou bem a finalidade desta reunião – o diálogo intercultural – e das outras actividades agendadas pelo CLAII de Viana para o ano de 2008. Um grupo de crianças também participou na Festa dos Povos com algumas músicas e danças. Em Fevereiro, entre os dias 5 e 10, a Cáritas e o CLAII de Viana do Castelo vão promover uma semana gastronómica, para divulgar as tradições da Rússia e Ucrânia (dia 5), Nepal (dia 7), Angola (dia 8) e Paquistão (9). As aulas de português para estrangeiros, que já estão a ser leccionadas gratuitamente na Escola Secundária de Monserrate, e uma caminhada no dia 25 de Maio, são as outras actividades planeadas para comemorar o Ano Europeu do Diálogo Intercultural. Segundo Ana Costa, mediadora do CLAII, há famílias de imigrantes que residem no distrito de Viana do Castelo, mas não trabalham em Portugal. Sem adiantar números, uma tarefa difícil devido à constante mobilidade que caracteriza o fenómeno das migrações, aquela responsável tem verificado também que há «muitos imigrantes que estão a voltar » ao Alto Minho. A explicação para o regresso parece estar na recente implantação, na região, de empresas de metalomecânica.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top